Escuteiros portugueses distinguidos com o Prémio Cidadão Europeu

0
186

O Parlamento Europeu atribuiu aos escuteiros católicos de Portugal o Prémio do Cidadão Europeu. A distinção destaca o trabalho do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico Português ao nível da educação e formação dos jovens para a cidadania ativa e para o desenvolvimento de competências.

A atribuição do Prémio do Cidadão Europeu 2020 ao CNE resulta de uma proposta apresentada pelo Eurodeputado José Manuel Fernandes e que foi eleita pela Chancelaria para o Prémio do Cidadão Europeu, liderada pelo presidente do Parlamento Europeu.

“É um justo reconhecimento público pelo trabalho desenvolvido no escutismo, com um contributo de excelência na educação e formação de jovens, com resultados inestimáveis para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, desenvolvida e sustentada nos valores europeus e humanistas”, sublinha José Manuel Fernandes.

O Eurodeputado do PSD e coordenador do PPE comissão dos orçamentos salienta o facto da instituição, com quase 100 anos de vida em Portugal, ter a capacidade de adaptar e evoluir a sua atividade no atual período pandémico.

José Manuel Fernandes destaca que, em contraciclo com o decréscimo da natalidade em Portugal, o escutismo tem tido um crescimento contínuo do seu efetivo.

O CNE é a maior associação de juventude em Portugal, com cerca de 72 mil escuteiros, dos géneros masculino e feminino, distribuídos por mais 1.000 Agrupamentos, em todas as regiões do país.

O Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português  foi fundado em 27 de maio de 1923 e tem estatuto de Utilidade Pública desde 1983. É uma associação sem fins-lucrativos, apartidária e integrada na Igreja Católica. Baseia a sua ação num programa de educação não-formal, adaptado aos desafios da nova era e nas finalidades e princípios do método escutista concebido por Baden-Powell – fundador do Escutismo.

A cerimónia de entrega do Prémio do Cidadão Europeu ao CNE está agendada para novembro.

A distinção do CNE ocorre precisamente no ano em que a iniciativa registou um maior número de candidatos, beneficiando de pela primeira vez as candidaturas poderem ser apresentadas não apenas por membros do Parlamento Europeu, passando a admitir propostas da sociedade civil.

O Prémio do Cidadão Europeu tem como objetivo “recompensar atividades excecionais desempenhadas por cidadãos, grupos, associações ou organizações nos domínios da promoção de uma maior integração dos cidadãos europeus, cooperação, reforço do espírito europeu e no âmbito dos valores consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”.

O prémio tem um valor simbólico e assume a forma de uma insígnia honorífica ou, no caso de distinções de natureza coletiva, de uma medalha ou placa alusiva.

Na edição de 2020, o CNE foi a única entidade portuguesa distinguida. Em anos anteriores, foram já premiados a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a jornalista Teresa de Sousa e a Plataforma de Apoio aos Refugiados.