“Desde miúdo que ouço falar da necessidade de termos um novo mercado em Caminha”

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A construção do novo mercado municipal de Caminha começou formalmente, esta segunda-feira, na zona ribeirinha. Esperado há 40 anos, o novo mercado corresponde a um investimento de 600 mil euros com prazo de execução de 365 dias. Na passada semana começou também a funcionar o mercado provisório, na mesma zona, mas em contentores equipados e adquiridos pelo Município, onde os produtos frescos podem continuar a ser comercializados.

De acordo com a autarquia, esta segunda-feira, será retirado o fibrocimento existente na velha estrutura, seguindo-se a demolição do edifício e a construção de raiz do novo Mercado Municipal de Caminha. “Este Mercado era “provisório” há décadas e encontrava-se desactualizado e degradado. Uma série de contingências, sobretudo legais, tornou o processo complexo e a Câmara teve também de encontrar, além do financiamento, uma solução para acolher os vendedores e manter o comércio de frescos e outros”, explicou a Câmara, em comunicado.

“Desde miúdo que ouço falar da necessidade de termos um Mercado moderno, um espaço bonito e atual e, por fim, estamos a arrancar com as obras que vão tornar o sonho realidade. Foram seis anos de trabalho para chegarmos até aqui: tivemos que superar a dificuldade do direito de superfície dos terrenos pertencer à PPP das piscinas de Vila Praia de Âncora, depois tivemos que encontrar um projeto compatível com os nossos recursos, foi difícil encontrar financiamento, tivemos que enfrentar uma brutal burocracia mas já ninguém tira a Caminha o novo Mercado”, explica o presidente da Câmara, Miguel Alves. O autarca realça a solução encontrada para que os mercadores continuem a fazer negócio.

“Comprámos contentores com todas as condições, colocámo-los junto ao espaço da feira semanal e não cobramos nenhuma renda às pessoas. Certamente que haverá ajustes a fazer, pequenos pormenores que podem ser melhorados, mas quem esteve anos num Mercado tão precário e com todos os problemas, vai saber estar mais uns meses no mercado provisório à espera que a casa nova esteja pronta. Todos estão a dar o seu melhor”, assegura.

“A solução encontrada para o mercado temporário, com todas as condições sanitárias exigidas, permite que a venda do nosso pescado, dos nossos hortícolas e restauração possam ser feitas de forma segura. Mas, na verdade, o que todos pretendemos é poder usufruir do novo mercado, com novas dinâmicas. Um Mercado integrado na vivência da comunidade, um mercado projetado para o futuro”, acrescentou o o vereador das Obras Públicas, Rui Lages.

A construção do novo mercado vai melhorar uma das entradas mais importantes na vila, cuja zona ribeirinha também está a ser requalificada, numa intervenção iniciada este ano, num investimento de meio milhão de euros.