DS Smith demonstrou “que não há qualquer intenção de valorizar os salários nem acabar com as discriminações”

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Os trabalhadores da DS Smith Embalagens vão avançar para uma greve de 24 horas, nos dias 30 de Abril e 3 de Maio, bem como a todo o trabalho extraordinário, nos dias 1 e 2 de Maio. A decisão foi tomada após uma reunião com a administração da empresa, cujo grupo também tem uma fábrica em Deocriste (Viana do Castelo), durante a qual os trabalhadores alegam que não foram atendidos os seus pedidos relativamente a aumentos salariais. 

De acordo com a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas, “na reunião promovida pela administração da Nova DS Smith Embalagens, os representantes patronais demonstraram que não há qualquer intenção de valorizar os salários nem acabar com as discriminações”. Os trabalhadores aprovaram uma resolução na qual consideram que “os aumentos salariais propostos não respondem às necessidades dos trabalhadores e iriam contribuir para um esmagamento da tabela salarial relativamente ao salário mínimo nacional, a tabela salarial continua a manter um cariz discriminatório no valor do trabalho, entre gerações, não respondendo ao fim das discriminações no pagamento dos subsídios de turno e alimentação, bem como em outras regalias sociais, nos últimos anos a empresa tem apresentado resultados financeiros positivos e não tem feito uma justa distribuição dos mesmos pelos trabalhadores, desde 2010, um conjunto muito grande de trabalhadores é discriminado em vários subsídios e direitos no plano da saúde e no quadro da pandemia, a empresa cresceu e os trabalhadores, peças fundamentais, contribuíram em muito para esse crescimento”.

A Federação refere, que após a mais recente reunião, a “administração não apresentou qualquer proposta, limitando-se a vitimizar-se e a responsabilizar os trabalhadores, acabando mesmo por comunicar que as propostas antes apresentadas ficavam suspensas”. “Com esta posição, a administração da Nova DS Smith só demonstra que não pretende valorizar os salários nem os trabalhadores, assim como não pretende acabar com as discriminações no pagamento dos subsídios de turno e de alimentação”, sustenta a federação sindical.