“Jornada de luta dos trabalhadores da Misericórdia de Guimarães ficará na história”

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Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães realizaram três dias greve e vigília, num protesto contra a alegada falta de condições de trabalho e por aumentos salariais. Os motivos da insatisfação dos trabalhadores são o acordo coletivo de trabalho com a Santa Casa, “cuja tentativa de negociação se arrasta há mais de dois anos por falta de resposta da Santa Casa, o aumento dos salários e diuturnidades, a regulação dos horários de trabalho, que permitam a organização da vida pessoal e familiar dos trabalhadores, o fim dos vínculos precários e a passagem a efectivos dos trabalhadores que exercem funções permanentes, a liberdade sindical dentro da instituição, que tem sido objeto de bloqueio por parte da administração e o fim do assédio laboral que tem fustigado os trabalhadores, assumindo formas como repressão, opressão, censura e perseguição”, vincou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), em comunicado.

No primeiro dia do protesto, os trabalhadores concentraram-se durante horas dezenas de trabalhadores em frente à sede da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e denunciaram processos disciplinares instaurados a 24 trabalhadores, alegadamente por “exigirem os seus direitos e avançarem para a greve”.

“Esta administração não reconhece o esforço e profissionalismo dos trabalhadores, pelo contrário explora e humilha de forma que lembra a escravatura. Durante o decorrer da greve, a Santa Casa, tentou ainda bloquear o direito à greve, tendo sido necessária a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho de modo a permitir o direito à greve e à liberdade sindical”, denunciou o sindicato, considerando que “os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães demonstraram a sua força e coragem com esta jornada de luta que ficará na história das Misericórdias de Portugal e que encorajou outros trabalhadores”.