“Em Caminha, o PS não tem frio nem vê brumas, só encontra sol a brilhar”

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O Partido Socialista escolheu uma quinta onde habitualmente se fazem festas de casamento, em Caminha, para umas jornadas parlamentares que pretendem mostrar que, apesar da pandemia, o “Estado não falhou, o país não parou”. 

O secretário-geral do PS chegou no final do primeiro dia das jornadas e, debaixo de um calor abrasador, atestou o “céu limpo” que encontra sempre que vem a Caminha. “Agradeço ao nosso presidente da Federação de Viana do Castelo este acolhimento e esta magnífica temperatura que faz jus ao que Miguel Alves sempre diz que aqui não há frio, não há brumas, aqui só há sol a brilhar”, afirmou António Costa, no início do seu discurso. 

O secretário-geral do PS admitiu que “não há razões para lançar foguetes”, mas defendeu que sem as medidas adotadas pelo Governo o desemprego “seria o dobro”, comparando a atual resposta com a da direita na anterior crise.

No encerramento do primeiro dia das jornadas parlamentares do PS, António Costa fez um balanço de mais de meia hora da primeira metade da legislatura, em jeito de antecipação do debate do estado da Nação que decorre na próxima quarta-feira, onde elencou medidas do Governo em praticamente todas as áreas da governação, da saúde, à educação, passado pela defesa e a segurança interna e até a reforma da floresta ou a estratégia de combate à corrupção

“É razão para lançar foguetes ou dizer que estamos no país das maravilhas? Não, não há razão para lançar foguetes, há mais 86 mil pessoas no desemprego do que no início da crise”, disse.

Também o deputado e presidente da Assembleia da República fez parte da sessão de encerramento do primeiro dia de trabalhos do grupo parlamentar socialista em Caminha. Ferro Rodrigues defendeu que o certificado da vacinação contra a covid-19 deve valer para “muito”, e “fazer a diferença entre os que têm e os que não têm”. O deputado socialista confessou “alguma preocupação” pelo que se está a passar nas últimas semanas.

“Todos nós tínhamos a esperança de que, ganhando a corrida das vacinas, aqui em Portugal a diminuição de casos e dos internamentos seria quase automática. Eu pelo menos tinha essa ideia, infelizmente não foi o que aconteceu, estas variantes não são como as das autoestradas, são variantes muito mais perigosas e nunca sabemos que variante pode vir a seguir”, afirmou.

Ferro Rodrigues defendeu que é necessário “continuar a apostar na vacinação e que a certificação da vacinação valha para muito”.

“Não é valer qualquer coisa, é valer para muito, que faça a diferença entre aqueles que têm essa certificação e aquelas que não têm. E que o país perceba que, tendo esses certificados de vacina, as pessoas se movimentam e têm muito mais liberdade e capacidade para fazer a sua vida normal”, defendeu.

Esta sexta-feira, as Jornadas Parlamentares continuam com visitas temáticas ao Centro de Vacinação de Seixas, em Caminha, e às fábricas Doureca, em Paredes de Coura, e Tintex, em Vila Nova de Cerveira. A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, encerra estas jornadas ao final da manhã.