Vila de Prado já tem monumento ao Combatente para reforçar apelo à paz 

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Em homenagem ao Combatente do Ultramar, foi inaugurado um monumento no centro da Vila de Prado. Com uma obra da autoria do escultor vilaverdense Maciel Cardeira, a Junta de Freguesia quis prestar “tributo” a todos os que tiveram de sofrer na guerra, deixando ao mesmo tempo um apelo à paz. 

“De uma guerra, saímos sempre todos a perder”, frisou a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, numa cerimónia em que foram lembrados os sofrimentos e as perdas quer da “famigerada e cruel guerra colonial” quer da “atual guerra atroz na Ucrânia e noutras zonas de conflito”. 

A autarca explicou que, “com o monumento, perpetua-se a memória de todos os ex-combatentes, principalmente a daqueles que já nos deixaram fisicamente”. Mas “é também uma oportunidade para percebermos melhor o bem inestimável que representa a paz”. 

“Devemos ter sempre presente a importância de todas as mulheres e todos os homens fazerem um esforço redobrado pela paz, tendo em conta o que significa para a vida humana, para o desenvolvimento e progresso social”, desafiou Júlia Fernandes, numa cerimónia que contou com a participação de diversas organizações ligadas aos ex-combatentes. 

Para que as novas gerações mantenham a memória do sofrimento causado pelas guerras, tanto a soldados lançados para o combate como às vítimas e às famílias, foi um objetivo igualmente invocado pelo presidente da Junta, Albano Bastos, para explicar a decisão avançar com o monumento. 

A escultura em granito ostenta um conjunto de linhas golpeadas na pedra a representar os flagelos provocados pela guerra, assim como as ondas do mar e uma asa de avião em pedra. Mas também o desenho de flores para sinalizar a esperança e uma pomba branca para marcar o apelo à paz. 

O monumento foi benzido pelo pároco, padre João Correia, numa cerimónia que contou ainda com a participação dos elementos dos órgãos da freguesia de Prado e os vereadores Manuel Lopes, Michele Alves, Patrício Araújo e Adriano Ramos. O encerramento foi ao som do hino nacional, numa interpretação conduzida pelo professor Afonso e Sara Pereira, da Escola de Música da Vila de Prado.