Feiras Novas são oficialmente Património Cultural Imaterial Nacional

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As Feiras Novas acabam de ser inscritas pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), aguardando publicação em Diário da República. Enquadradas na categoria das festividades cíclicas, marcadas por um forte pendor religioso e cultural, as festas concelhias de Ponte de Lima vão buscar as suas raízes à devoção a Nossa Senhora das Dores e ao apego à terra e às tradições, apresentando e mantendo um programa eclético que estabelece uma simbiose perfeita entre o ciclo da natureza e o calendário litúrgico.

O processo de registo da expressão cultural foi iniciado em 2016 pelo anterior executivo do Município de Ponte de Lima, em estreita colaboração com os principais elementos organizadores, encetando um rigoroso trabalho de investigação com vista à sua inventariação na plataforma MatrizPCI. Além do levantamento de toda a documentação existente, procedeu à recolha de testemunhos e ao desenvolvimento de trabalhos de campo para fundamentar e atestar a relevância das Feiras Novas, efetivando o pedido de inscrição em 2017.

A decisão favorável da DGPC traduz-se no reconhecimento público da pertinência das Feiras Novas – assim designadas desde 1826, ano da autorização oficial por Provisão Régia da Chancelaria de D. Pedro IV que permitiu o alargamento da festa para três dias – “enquanto reflexo da comunidade limiana”.