“Na Misericórdia de Ponte de Lima defendemos muito a solidariedade”

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As valências da infância da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima dinamizaram uma caminhada solidária a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, uma iniciativa que juntou mais de 350 pessoas de várias gerações e que teve como principal objectivo sensibilizar os mais novos para a importância de “ajudar e apoiar” os outros. 

“Presta atenção ao que te rodeia” é o mote do projecto educativo para este ano lectivo das valências da infância da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima e a caminhada solidária foi uma forma de o “transportar” para a sociedade, envolvendo a comunidade limiana. A manhã foi de sol e os participantes deram as mãos para abraçar esta causa solidária, num percurso que juntou participantes desde um mês de idade aos 82 anos. 

“Infelizmente, esta doença já afectou muita gente a nível pessoal e também a nível profissional, afectando alguns colaboradores, não só das valências da infância, mas de toda a instituição. Alguns pais também já passaram por isso ou estão a passar e temos que lidar com esta realidade porque as crianças falam-nos disso”, explicou a educadora Gorete Pereira, uma das organizadoras da iniciativa, mostrando-se “muito feliz e surpreendida” com a adesão à caminhada, não só da comunidade educativa, mas de outras pessoas que se quiseram associar à causa. Alguns não puderam participar na caminhada, mas, ainda assim, contribuíram com o valor da inscrição. “Na nossa instituição defendemos muito a solidariedade e mesmo que não nos aconteça a nós temos que estar aqui para ajudar e apoiar no que pudermos. Foi a primeira vez que a instituição organizou uma iniciativa destas e estamos muito contentes porque foi para além da comunidade educativa. Agradecemos a quem divulgou, participou, contribuiu e apoiou a realização desta atividade”, sustentou. 

José Álvaro Calheiros, da delegação de Ponte de Lima da comissão de angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro, esteve presente na caminhada e elogiou a iniciativa. “É um sinal que a população civil se preocupa com esta temática. Muitas vezes decorre de experiências que as pessoas vão tendo com familiares ou amigos e ficam mais sensibilizadas”, comentou, apontando a iniciativa lançada pela Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima como “um exemplo a seguir”. “Quantas mais iniciativas melhor porque está em causa o bem comum. Esta teve a particularidade de ajudar a transmitir às novas gerações a importância destes tipo de iniciativas, sensibilizando-os para serem solidários”, notou, frisando a importância da Liga Portuguesa Contra o Cancro no acesso a diagnósticos e tratamentos, num trabalho que não é financiado pelo Estado. “Por exemplo, o rastreio para cancro da mama no veículo que está estacionado em frente ao centro de saúde de Ponte de Lima é grátis e as despesas são suportadas na íntegra pela Liga. Ou seja, o dinheiro angariado em todas as iniciativas solidárias é totalmente aplicado e devolvido à população neste trabalho”, sustentou.