
Resistência e resiliência da Fortaleza de Valença “armam” candidatura a Património Mundial
Dez anos depois de ter sido iniciado o processo para classificar a Fortaleza de Valença a património mundial da UNESCO, a candidatura foi apresentada publicamente esta sexta-feira, num processo que envolve também os municípios de Almeida e Marvão, valorizando os amuralhados abaluartados da raia.
José Manuel Carpinteira, presidente da Câmara de Valença, considerou tratar-se de “um dia marcante” para os três executivos municipais, bem como para o técnicos e entidades que estiveram envolvidos no processo. “Quase uma década depois do início de todo o processo, com muito trabalho de campo, pesquisa, resistência e resiliência, entregamos o dossier final à Comissão Nacional da UNESCO e já está em Paris”, salientou o edil cerveirense, esperando que a candidatura seja aprovada. “Aguardamos que os peritos façam a visita ao património dos três municípios e decidam pelo melhor”, desejou, destacando, “para além da questão patrimonial, cultural e identitária de cada um dos concelhos”, a proximidade com Espanha.
“A Fortaleza de Valença é uma jóia da arquitectura militar com mais de cinco quilómetros de perímetro amuralhado e guardiã milenar das páginas mais marcantes da história entre Portugal e Espanha, onde a Guerra da Restauração teve episódios decisivos para a identidade nacional”, sustentou, frisando, no entanto, que a aprovação da candidatura significará “mais responsabilidade” para os municípios. “Temos que preservar melhor este bem patrimonial, mas, por outro lado, vai valorizá-lo, promovê-lo e, certamente, dinamizar o turismo e a economia local”, sustentou. Leia mais sobre esta candidatura das fortalezas abaluartadas da raia a património mundial da UNESCO na próxima edição do Jornal Alto Minho.