“Energia intemporal” de Delfins garante “lugar ao sol” do Contrasta em Valença

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Depois de muitos anos, a “energia intemporal” dos Delfins vai regressar a Valença para um espectáculo, que promete ser um “desfile de êxitos”, no Festival Contrasta, que se realiza nas Cortinas de São Francisco da Fortaleza, a 11 e 12 de julho. Jovem Dionísio, Capitão Fausto e Slow J são os restantes artistas do cartaz que vão subir este ano ao palco para a quarta edição de um festival, que tem marcado a programação cultural de Valença.

No início da conversa com o Semanário Alto Minho, Miguel Ângelo, vocalista dos Delfins, ficou a saber que o nome do festival valenciano está ligado à origem da agora cidade raiana. “Eu tinha visto a programação do festival do ano passado e havia algum contraste nos estilos musicais e pensei que o motivo fosse esse… já aprendi alguma coisa hoje”, gracejou o cantor, entusiasmado por voltar a Valença para actuar.

“O regresso a um festival destes, que me parece que tem muita gente jovem, é muito importante para nós. Vamos tocar os êxitos da nossa carreira, especialmente do final dos anos 80 e início dos 90, e é interessante ver que estas canções ainda continuam vivas”, afirmou Miguel Ângelo, fundador e vocalista da banda de Cascais, que está a assinalar 40 anos. “Estamos a prolongar a tourné de 2024, que assinala os 40 anos desde que foi lançado o primeiro single da banda. Foi uma digressão com muito êxito, que continua a receber muitos pedidos para continuar em 2025. É um concerto com um desfile de êxitos, muito convidativa à participação do público, durante duas horas”, desvendou o artista de 59 anos, confiante de que, apesar de o espetáculo ser à noite, os Delfins vão encontrar “um lugar ao sol” em Valença. “Acho que vamos iluminar aquele espaço e pôr toda a gente a cantar connosco o refrão dessa música”, antecipa, expectante em relação ao cenário que vai encontrar no festival, junto à Fortaleza candidata a Património Mundial. “Acredito que o concerto vai ter um significado especial por causa disso”, admitiu o cantor que, a solo, com Delfins ou Resistência, há calcorreou muita estrada no norte e no Alto Minho. “Quando os Delfins começaram, íamos muito para o Norte, muito acima de Coimbra. E o público do Norte é melhor em muitas coisas, podemos até começar logo pela parte gastronómica (risos). O calor do público é enorme e nós sentimos que o Norte nos recebeu sempre muito bem. São regiões lindíssimas que, apesar de tudo, ainda conseguem manter algo vivo e natural, com pessoas sempre muito receptivas e próximas. E este espectáculo de canções pop é um convite a essa convivência”, afirmou o cantor, que, da sua vasta carreira, lembra-se de ter passado por Viana do Castelo, para o programa televisivo “Cantigas da Rua”. “Corremos o país todo do Algarve ao Alto Minho, foi uma loucura, num programa que foi muito popular como espaço de canções”, recordou o cantor que já actuou a solo na Casa das Artes de Arcos de Valdevez e desvendou que está na calha uma nova digressão, chamada “O outro lado”, exclusiva para auditórios e teatros, com um espetáculo mais intimista.

Além do o ‘pop rock’ português dos Delfins, a Ritmos, organizadora do Festival Contrasta, destaca a presença, também no primeiro dia do festival, do ‘indie pop’ com uma “sonoridade sonhadora e tropical” dos Jovem Dionísio. No sábado, sobe ao palco o ‘indie rock/pop’ dos Capitão Fausto, “com letras introspetivas e poéticas, arranjos simples, mas cativantes”. Fecha o festival Slow J, “o vanguardista da nova geração de artistas portugueses que mistura inovação e emoção nas suas produções, definindo o futuro do cenário musical nacional”.

Desde 01 de julho, o valor do passe geral é de 25 e o bilhete diário é 20 euros.