
“O Caminho de Santiago não é um produto turístico manipulável”
Foi lançada uma petição pública com o objetivo de denunciar e travar práticas ilegais de adulteração da sinalética oficial do Caminho de Santiago Português. Na petição denunciam-se também “atos de coação e comércio abusivo por parte de operadores turísticos, que põem em causa a autenticidade, segurança e liberdade de peregrinação naquele que é um dos caminhos espirituais e patrimoniais mais antigos da Europa”.
A petição — disponível em Pela Proteção do Caminho de Santiago Português da costa e contra a Adulteração de Sinalética Oficial e Práticas de Coação Turística : Petição Pública — apela à intervenção do Governo, Assembleia da República, Turismo de Portugal, Direção-Geral do Património Cultural e ASAE, exigindo a reposição da sinalética oficial publicada em Diário da República; a responsabilização criminal dos atos de adulteração do traçado; a investigação de práticas comerciais coercivas dirigidas a peregrinos; a proteção do património cultural e dos direitos dos consumidores. “O Caminho de Santiago não é um produto turístico manipulável. É um percurso histórico, espiritual e cultural protegido. A tentativa de o desvirtuar para interesses privados é uma ameaça grave ao património comum”, afirma Pedro Coradinho, que lançou a petição.
A petição já recolheu apoio de cidadãos, peregrinos, operadores conscientes e entidades locais preocupadas com a integridade do caminho e a “crescente pressão comercial indevida que se verifica em determinadas zonas, sobretudo próximas de zonas marítimas e urbanas”.