Alto Minho em branco

0
213

A proibição de circulação entre concelhos prevista no estado de emergência impede Melgaço de receber  “centenas” de visitantes atraídos pelo manto de neve, que começou a cair na sexta-feira. “Este fim de semana de neve seria muito importante para dinamizar a economia local, tão afetada com a pandemia de covid-19. Seria um fim de semana de casa cheia para a restauração, cafetarias e pastelarias”, lamentou o vereador com o pelouro da Proteção Civil, José Adriano Lima. O vereador da Câmara de Melgaço nota que, “num ano normal, o concelho receberia centenas de visitantes atraídos pelo primeiro nevão do inverno”. “Não só [para] desfrutarem da neve, mas também para conciliar isso com a gastronomia. As aldeias de Lamas de Mouro e Castro Laboreiro, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), são locais sempre muito visitados todo o ano e, nesta altura, com a neve também são muito procurados. (…) Costumamos ter problemas de circulação não por causa da neve, mas pela quantidade de carros que se concentram naquelas zonas”, acrescentou. “Mal recebemos o aviso de queda de neve, posicionámos os meios da proteção civil para dar uma resposta pronta às populações”, referiu, adiantando que a limpeza das estradas começou de madrugada para evitar que as povoações ficassem isoladas. As imagens da vila de Castro Laboreiro, a cerca de 27 quilómetros da sede do concelho, coberta de neve já se propagaram pelas redes sociais. Castro Laboreiro, a mais de 100 quilómetros da capital do Alto Minho,  por agora não pode receber visitantes. “Primeiro por causa desta pandemia e depois porque está perigoso, estás a nevar e é muito arriscado subir até à vila. Tinha de ser muito devagarinho”, explicou Adílio Pereira, que vive no centro da vila, onde residem cerca de 100 pessoas. Já no concelho de Arcos de Valdevez, o manto de neve que cobre a aldeia da Gavieira, no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), tem também mais de cinco centímetros de espessura.