Autor da música sobre as Festas d’Agonia sofre com perda de audição

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Jorge Cruz, vocalista dos Diabo na Cruz, banda de “Roque Popular” que compôs e cantou o tema “Luzia”, em 2012, relativo às festas de Nossa Senhora d’Agonia anunciou esta semana que tem estado arredado dos palcos por doença que afecta a sua  audição. O músico sofre, há dois anos, de “tinnitus severo”, problema auditivo com origem num trauma acústico e que o tem impedido de levar uma vida normal. “Tenho um apito constante nos ouvidos que alterou a minha qualidade de vida, a minha capacidade de descansar, de usufruir e de fazer música, entre outras coisas. Atravessei uma fase inicial mais difícil, mas, entretanto, tenho feito vários tipos de terapias e aprendido a viver com o som de forma muito mais serena”, contou o autor de “Luzia”, cujo videoclip conta já com cerca de 711 mil visualizações no YouTube e foi todo gravado durante a Romaria maior de Portugal.

Recorde a letra e o video da canção:

 

“Ouve os foguetes, Luzia

Eu vim às festas da senhora da agonia

Para te encontrar

Larga o estágio e os deveres

Faz-te à sorte que tu queres

É hoje Luzia que tudo vai mudar

Diz ao teu pai que não percebes este mundo

A que foste condenada

Conta à tua mãe que isto agora é prego a fundo

Tu não podes estar parada

Bora! Bambora! Vambora! Bora!

Vem comigo Luzia

É o nosso tempo que nos chama

Com o cerco que agora se anuncia

Há-de vir um novo dia

Pra escrevermos outra trama

Os moços que riem nos barcos

Não vieram pela santa

Vão descalços

Têm tanto a esquecer

Tu e eu queremos algo

Que há quem diga estica a conta

Quem sabe, Luzia

Se é a nós que a vida quer

E se as correntes todos sabem estão à beira

Mesmo à beira de quebrar

À nossa frente já se veem as portadas para um mundo a começar

Bora! Bambora! Vambora! Bora!

Vem comigo Luzia

É o nosso tempo que nos chama

Com o cerco que agora se anuncia

Há-de vir um novo dia

Vem escrever uma outra trama

Ao alto bombos

As ruas cheias de flores

Pelos becos vão gentes amansando suas dores

Todos renegados, aturdidos

Sem certezas

É esta a nossa hora, Luzia Vianeza

E se o teu pai não aceita, desconfia

Do que eu tenho pra te dar

Ele que saiba que eu trabalho noite e dia

Pelo roque popular

Bora! Bambora! Vambora! Bora!

Vem comigo Luzia

Vem comigo Luzia

Vem comigo Luzia

Oh, vem comigo Luzia”