Postais contra o lítio foram a “prenda de Natal” d’Os Verdes ao ministro do Ambiente

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Uma delegação do Partido Ecologista Os Verdes, que integrou os deputados do PEV à Assembleia da República, Mariana Silva e José Luís Ferreira, entregou ao secretário de Estado Adjunto e da Energia cerca de 1000 postais (em papel e formato digital) dirigidos ao ministro do Ambiente e da Ação Climática recolhidos nas últimas semanas, em particular nos distritos de Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu onde a população afirma que não quer o seu futuro minado através da mensagem “A mineração é um presente envenenado! Lítio? Não. Obrigado!”.

A iniciativa de recolha de postais iniciou-se no dia 16 de novembro simbolicamente na Covilhã, onde foi assinado um contrato de exploração de lítio no passado dia 28 de outubro e terminou no dia 17 de dezembro em Montalegre e Boticas, onde também já foram celebrados contratos de concessão para a exploração de lítio e minerais associados.

Nestas cinco semanas, Os Verdes estiveram em cerca de metade dos concelhos onde o Governo pretende levar a cabo a exploração de lítio (Paredes de Coura, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Real, Chaves, Boticas, Montalegre, Covilhã, Guarda, Mangualde, Nelas, Viseu) e também nos distritos de Coimbra e do Porto. A recolha dos postais foi realizada junto a universidades, escolas secundárias e profissionais, e nos centros históricos destas localidades.

“A mineração de lítio é um presente envenenado para a população, uma falsa promessa de progresso e desenvolvimento, uma ameaça à qualidade de vida e à sustentabilidade destes territórios. Tendo em conta esta época natalícia quisemos oferecer um presente, aliás 1000, ao ministro do Ambiente, onde a população, através dos postais recolhidos, tem a oportunidade de afirmar a sua rejeição face a esta pretensão do Governo e de declarar que não quer o seu futuro minado”, referiu o partido, em comunicado, explicando que os 1000 postais têm também uma “representação simbólica, pois assinalaram-se 1000 dias, no passado dia 22 de dezembro, em que este Governo assinou o contrato de exploração da mina do Romano, em Montalegre, com a Luso Recursos”.