Incubadora Verde em Argela quase pronta para ser viveiro de empresas ligadas ao sector primário 

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A obra de reconversão da antiga escola primária de Argela numa Incubadora Verde para o concelho de Caminha entrou na fase final. Com os trabalhos quase concluídos, os empreendedores que vierem a utilizar o espaço contam, desde já, também com apoio de caráter científico para os seus projetos, já que a Câmara firmou um protocolo com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo – IPVC no âmbito do do projeto NUTRIR – Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar, que pretende ser um Centro de Investigação no contexto do IPVC, que tem como missão a caracterização territorial, avaliação de potencialidades e condicionalismos das principais atividades agrícolas da região e a produção animal numa perspetiva de investigação, desenvolvimento e qualificação para suporte à inovação empresarial, dinamização económica e promoção da sustentabilidade territorial. Desta forma, o espaço onde as crianças de Argela aprenderam a ler e a escrever tem condições para continuar a ser um centro para o conhecimento e desenvolvimento, e não apenas físicas. O protocolo com o IPVC, cujo âmbito é a valorização dos recursos endógenos/naturais do Município através de fundamentação científica, para posterior transferência do conhecimento para os agentes económicos locais, foca-se na valorização de recursos endógenos da costa litoral norte: o potencial do funcho-do-mar e o potencial da camarinha como ingrediente funcional na dieta da truta salmonada, assim como sobre a valorização dos recursos florísticos da Serra d’ Arga. 

A Incubadora Verde de Argela para apoio ao empreendedorismo rural e sustentável tem, entre outros objectivos, a criação de um viveiro de empresas ligadas ao sector primário, à valorização dos produtos locais e à recuperação do património natural, da cultura e dos saberes tradicionais. 

O novo equipamento resulta da candidatura com sucesso ao Programa Operacional Regional do Norte. O investimento ronda os 200 mil euros, sendo a comparticipação comunitária de 85% e os restantes 15% suportados pelo Município de Caminha. A Incubadora tem condições para trabalho no interior do edifício, mas também no exterior, que será valorizado enquanto espaço de trabalho e de convívio.