Cães também vão ajudar nas escolas de Caminha

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A Câmara Municipal de Caminha promete “continuar a apostar numa educação inclusiva”, ao incluir a terapia assistida por cães nos seus programas, beneficiando alunos identificados pelo Agrupamento de Escolas de Caminha, com necessidades educativas especiais. O respetivo protocolo, a celebrar com uma associação especializada, foi aprovado na última reunião do Executivo e abrangerá nove alunos.

A parceria entre o Município de Caminha e a Associação de Ação Social ETHOS, vai ser renovada no ano letivo de 2022/2023. Está aprovada a celebração de um novo protocolo entre o Município de Caminha e a Associação de Ação Social ETHOS para promoção de intervenção educativa e terapêutica assistida por animais, no caso cães.

A Associação irá realizar uma sessão por semana, estimando-se que, em função do calendário escolar, cada aluno beneficie de 33 sessões. Esta prática educativa tem benefícios cientificamente reconhecidos, mas ainda não é generalizada no nosso país, sendo, porém, há alguns anos, uma aposta do Executivo e do Agrupamento de Escolas de Caminha.

O objetivo do Município é apoiar a promoção de um processo de ensino/aprendizagem inclusivo, que permita responder à diversidade de caraterísticas e necessidades de todos os alunos, sem exceção, tendo em vista o sucesso educativo. Neste ano letivo, e com este protocolo, o Município vai investir aproximadamente 13 mil euros.

Para além do sucesso educativo, através deste protocolo pretende-se melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens com deficiência, incapacidades, em risco de exclusão social, expostos a episódios traumáticos, hospitalizados de longa duração, ou outras necessidades especiais suscetíveis de intervenção, no âmbito da educação, da saúde ou da assistência social.

De acordo com a ETHOS, a Intervenção Educativa e Terapêutica Assistida por Cães (IETAC) “são interações nas quais um cão de terapia é incorporado como parte do processo educativo ou terapêutico, com o objetivo direto de promover a melhoria nas funções físicas, sociais, emocionais e cognitivas do utente. Sempre devem estar dirigidas por profissionais da saúde ou da educação”.

Conforme explica a Associação, as investigações “provam que a presença do cão de terapia associa-se a sensações de tranquilidade e relaxamento assim como à redução do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea. Também se associa a um aumento da interação social, atuando ao que parece, como catalisadores sociais, realizado em grande variedade de meios, de maneira individual ou em grupo. É importante ter em conta que não falamos da substituição das terapias clínicas nem dos métodos educativos, mas sim como complemento aos mesmos. Ao contrário do que acontece noutros países e apesar da quantidade de referências históricas que documentam este tipo de terapia associada a uma grande variedade de patologias clínicas, todavia é uma prática pouco utilizada em Portugal. As investigações estão a evoluir de maneira notória e este é um bom caminho para seguir a desenvolver as terapias e a melhorar o vínculo humano-cão assim como a ponte que os cães de terapia criam entre o terapeuta e o utente”.