Novas formas de trabalho

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Em 2006 escrevi, pela primeira vez, sobre incubadoras de empresas e como se poderia criar um espaço similar em Ponte de Lima para promover a criação de emprego, estimulando jovens criativos e profissionais liberais a trabalhar em rede. Quando exerci responsabilidades políticas, em conjunto com o Marco Araújo, fomos conseguindo a introdução deste tema na discussão política, tornando-se, aliás, uma proposta do Partido Social Democrata nas eleições de 2013 a criação de um espaço de incubação e coworking. Desde aí que, em diferentes oportunidades, esta proposta foi apresentada em discussões de planos e orçamentos, em reuniões de Câmara e Assembleia Municipal.

Em várias terras, estes espaços têm aparecido e crescido, sendo incentivados pelo poder político. Passados todos estes anos, independentemente de se tratar de iniciativa privada, é gratificante ver que finamente em Ponte de Lima abriu um espaço desses

 

Vícios originais”

 

O título está entre aspas porque foi o Presidente da Republica que proferiu tais palavras acerca da formação do Governo. Lamento, mas não posso deixar de escrever umas linhas sobre a novela a que assistimos, vinda de S. Bento. O governo de António Costa, de maioria absoluta, em nove meses já apresenta uma ferida profunda, conseguindo, entre Secretários de Estado e Ministros, ter mais de uma dezena demissões. Esta total instabilidade começa a ser vista como sinal de desgoverno.

O mais incrível é que já não é possível esconder que tudo isto é fruto da guerra interna no PS pela sucessão de Costa. Uma guerra que não faz prisioneiros e que tem destapado a nauseabunda forma de ocupação do Estado pelos agentes políticos.

 

Despedida

 

Teve a árdua tarefa de suceder ao icónico, ao Santo João Paulo II. Joseph Ratzinger, nomeado Cardeal em 1977, nomeado Papa em 2005, foi atacado desde o inicio do seu pontificado por uma minoria radical, teve sempre, no entanto, uma resposta avassaladora por parte dos cristãos que sempre acorreram massivamente aos eventos onde Bento XVI esteve presente.

Foi uma referência mundial, mesmo antes de se sentar na Cadeira de S. Pedro, no pensamento teológico e filosófico. Deixou vasta obra publicada que é “obrigatória”. Deu-nos uma lição pelo seu exemplo, mostrando-nos que não podemos ficar agarrados a lugares ou cargos apenas e só porque “tem de ser”, ou porque pensamos que somos os cargos que ocupamos. Uma lição de humildade que não se ficou no acto de renúncia ao papado, foi uma lição que prolongou por praticamente uma década desde o dia que renunciou até ao passado dia 31 de Dezembro, quando faleceu com 95 anos. Nunca em momento algum da História a coabitação entre dois papas foi tão pacifica e profícua. Nunca ensombrou Francisco, nunca se pronunciou publicamente ou de forma “privada” sobre o seu sucessor.

Ficará para sempre a sua profundidade de pensamento, bem como a capacidade de discernir, independentemente de modas de pensamento, o que a Igreja necessitava.