“Já há aldeias que querem integrar a Associação Nacional dos Municípios do Cavalo”

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Ponte de Lima tem sido um dos principais impulsionadores da criação da Associação Nacional dos Municípios Portugueses do Cavalo, estando o processo já na recta final. Paulo Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, nota que 23 municípios já mostraram interesse em aderir ao projecto, para além de diversas freguesias, o que vai obrigar a criar uma secção dedicada às aldeias equestres. 

“Neste momento, o que faz sentido é a Associação Nacional dos Municípios Portugueses do Cavalo. Estas freguesias que pretendem aderir têm, por um lado, que estar representadas através dos Municípios, e depois criar essa secção das aldeias equestres”, explicou, notando que o principal objectivo da associação é “ter mais força de reivindicação junto do Ministério da Economia” do turismo. “Para que reconheça o desporto e turismo equestre como um dos pilares de desenvolvimento do turismo em Portugal, percebendo que é também um segmento estratégico para a afirmação do país no que diz respeito ao turismo, uma vez que estamos a concentrar fluxos turísticos para o interior e territórios de baixa densidade, dando a conhecer as tradições equestres nestes municípios que se querem representar e que fazem um esforço de investimento muito grande para promover eventos e provas de grande qualidade”, salientou, notando que, com esta aposta, estas autarquias ajudam “a alimentar um conjunto de tradições e actividades económicas que ainda têm um grande peso para os seus municípios”. 

“Com isto queremos descentralizar a aposta de investimento do turismo de grandes áreas para que possamos realmente promover o cavalo Lusitano e afirmar, em termos de comunicação, o que de melhor fazemos em termos de actividade equestre a nível nacional além fronteiras em mercados internacionais”, explicou, acrescentando que a intenção é fazer com que os turistas ou os visitantes que procuram actividades e experiências equestres “possam percorrer o país com territórios com alma e tradição”. “E, dessa forma, damos mais sustentabilidade à aposta que se faz nestes territórios”, declarou, notando que “muitos concelhos do interior consideram que esta é uma forma de projectarem os seus territórios”. “E que de outra forma não tem capacidade de reivindicação nem de investimento, com o apoio do estado, em novas infra-estruturas que são importantes para que realmente possam dar continuidade aos seus projectos”, vincou. 

Ponte de Lima tem sido um dos municípios a liderar a constituição desta associação, juntamente com a Golegã e Alter do Chão, mas Paulo Sousa destaca a importância do trabalho conjunto com outras autarquia, de forma a se apresentarem como uma “força nacional” que tenha “capacidade de reivindicação e negociação” em termos de fundos comunitários e investimentos públicos para “transformar os territórios”. “Há um conjunto de Municípios que, fruto da sua tradição, do reconhecimento dos seus eventos e dos agentes que tem no território, tem-se afirmado, mas há também mais municípios que estão próximos e têm ajudado a desenvolver esta associação. Estão sempre disponíveis para promover a actividade, se associarem às iniciativas e abraçarem o esforço desta associação. Só teremos força se trabalharmos em grupo e esse é, verdadeiramente, o nosso desafios”, notou

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