DS Smith, a fábrica de papel de Viana que “embala” a economia nacional

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Da fábrica da DS Smith, instalada na pacata aldeia de Deocriste, em Viana do Castelo, sai o papel que tem “embalado” a economia nacional em caixas de cartão canelado. Líder em soluções de embalamento sustentável, a DS Smith espera alcançar, em 2024, as 425 mil toneladas de papel produzido na fábrica de Viana do Castelo, que é uma das mais importantes unidades de produção de papel kraftliner da Europa. Prestes a completar 50 anos, a fábrica, à qual muitos ainda se referem como como Portucel ou Celnorte, tem em marcha um pacote plurianual de investimentos de 145 milhões de euros, para reduzir as emissões de CO2, e a expectativa de que a nova ponte sobre o rio Lima seja uma realidade em breve.  A DS Smith iniciou actividade no início do século XX e é, actualmente, o principal produtor de caixas de cartão na Europa. Está presente em mais de 30 países e emprega mais de 30 mil colaboradores, distribuídos por fábricas de produção de papel e cartão. Tem ainda unidades de reciclagem, que garantem um modelo de negócio circular ao grupo, através de cartão canelado sustentável. Na fábrica de Viana do Castelo é produzido o papel kraftliner, que depois é enviado para as unidades do grupo em Vila do Conde e Figueira da Foz, onde são produzidas as caixas de cartão. A fábrica de papel de Deocriste começou a ser construída no início de 1971 e iniciou a laboração em janeiro de 1974. “O primeiro papel saiu a 20 de janeiro de 1974. Na altura éramos a Celnorte, mas em 1975 fomos nacionalizados por todas as empresas do ramo da celulose e papel em Portugal e foi assim que se constituiu a Portucel”, enquadrou Mário Amaral, o director da DS Smith Viana, que atravessou a privatização da fábrica, em 2000, através de uma parceria entre a Sonae e o grupo espanhol Europac, que mais tarde comprou a totalidade da fábrica, até ser absorvido pela DS Smith, em 2018.