“Governo quer perpetuar o Alto Minho nos últimos lugares”

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A Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) acusou o Governo de, “teimosamente, continuar a desprezar” o Alto Minho ao não incluir a A28 na redução de 30% nas portagens de várias ex-SCUT (Sem Custos para o Utilizador).

“O Governo de Portugal teimosamente continua a desprezar Viana do Castelo e o Alto Minho. O nosso veemente protesto pela continuada discriminação a quem aqui reside, investe ou trabalha”, refere a AEVC em comunicado.

A instituição, que representa cerca de 1.100 associados de Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença e Paredes de Coura, exige “a reavaliação desta decisão, a eliminação do pórtico de Neiva da A28 ou a sua relocalização e, por ser demasiado importante para a região, a conclusão da A28 até Valença”.

Para a AEVC o Governo continua a “perpetuar Viana do Castelo e o Alto Minho nos últimos lugares do ‘ranking’ da mobilidade e acessibilidade dos distritos de Portugal”. “Não bastava o arrastamento, para alguns eterno, da conclusão da A28 até Valença, com claro favorecimento de outros territórios em detrimento de uma região que pretende maior coesão territorial e mais justa repartição da riqueza”, refere a instituição que tem sede em Viana do Castelo.

Segundo a AEVC, “desde 2011, com a introdução do pagamento de portagens na A28, Viana do Castelo e o Alto Minho têm sido constantemente penalizados”. Em 2016, “a A28 não foi incluída num regime complementar de redução das taxas de portagem então praticados em lanços e sublanços de cinco autoestradas” e, agora, “com o objetivo de repor a justiça territorial, a A28 não está incluída nas autoestradas que vão ter as portagens reduzidas em 30%”.

“Basta. Basta de ignorar as pretensões de empresários e trabalhadores. Muitos deles, deslocam-se, diariamente, para a maior zona industrial de Viana do Castelo e da região. Basta de ignorar a intensidade e importância da relação e do movimento transfronteiriço. Basta de ignorar as legítimas e justas reivindicações, nomeadamente em matéria de acessibilidades e mobilidade, dos vianenses e alto-minhotos”, avisa a AEVC.