“Em Ponte de Lima, o CDS governa para o imediato e para as suas clientelas políticas”

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José Nuno Vieira de Araújo, vereador eleito pelo PSD na Câmara Municipal de Ponte de Lima, acusa a maioria do CDS-PP de “falta de visão, projectos, estratégia e ideias inovadoras”, garantindo que tem uma gestão assente “no imediato e nas suas clientelas políticas”. A meio do mandato autárquico, o nome do vereador social-democrata já foi indicado pelo actual presidente da concelhia para voltar a liderar uma candidatura à Câmara e o autarca garante estar disponível para liderar esta “alternativa”. 
Sobre a metade do mandato, o vereador social democrata lamenta que as 20 propostas que apresentou até agora tenham sido todas rejeitadas pela maioria CDS-PP, mas está satisfeito com o trabalho apresentado e com a postura que adoptou como vereador da oposição. “Até este momento, em 51 reuniões, como vereador eleito nas listas do PSD votei sempre a favor de todas as matérias respeitantes a assuntos das nossas freguesias e em todas as atribuições de subsídios às coletividades e instituições, apresentei 20 propostas, todas rejeitadas,, 28 requerimentos e várias declarações de voto. Este é o resultado do que considero ser uma oposição responsável e construtiva. Em todas as reuniões de Câmara, no período antes da ordem do dia, tenho tido uma postura interventiva”, realçou, lamentando, por outro lado, a postura dos eleitos da maioria do CDS-PP. “Podemos afirmar com segurança que o executivo da maioria não tem visão, não tem projeto, não tem estratégia, não tem ideias inovadoras”, atirou, defendendo, mesmo, que a atual maioria “governa para o imediato e para as suas clientelas políticas”. 
O protelar do PDM, “contrariando os compromissos previamente assumidos”, a falta de investimento na rede de saneamento e o adiamento de decisões no que diz respeito ao Rio Lima são as maiores críticas de José Nuno Vieira de Araújo à maioria em funções na Câmara Municipal de Ponte de Lima. “Lamento as afirmações, para mim chocantes, do presidente ao dizer em reuniões de Câmara que “sem água ninguém vive” e que “sem saneamento vive toda a gente”. Adiam-se, também, decisões no que diz respeito ao Rio Lima, designadamente quanto à sua preservação, na defesa da nossa e das gerações futuras, não só por questões ambientais e de protecção do património, mas também por questões estéticas, funcionais e educativas”, sustentou, defendendo a revisão do PDM “o quanto antes”. 
LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO DESTA SEMANA DO “ALTO MINHO”