Alberto Figueiredo: “Na Assembleia da República, não se faz nada”

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Empresário e ex-político, Alberto Queiroga Figueiredo mantém-se o mesmo homem introvertido que, há 50 anos, criou, com a sua esposa Emília, a Impetus, empresa que começou do nada e hoje é uma das maiores da região com cerca de 1000 trabalhadores. A Impetus, que mudou a vida de muita gente, comemora este mês o cinquentenário e vira-se para os mercados dos Estados Unidos e Escandinávia, reforçando o trabalho que tem feito na sustentabilidade. Em entrevista ao Semanário Alto Minho, Alberto Figueiredo partilhou um pouco da história da empresa e do período em que foi presidente da Câmara de Esposende e deputado na Assembleia da República, assumindo-se desiludido com a política e pondo de parte qualquer possibilidade de regressar à vida pública. 

Alberto Queiroga Figueiredo nasceu na Apúlia há 73 anos e fez a sua formação comercial na Póvoa de Varzim e depois no Porto. “Quando era miúdo, a minha disciplina favorita era matemática e talvez por isso tenha escolhido o curso de contabilidade e administração no Instituto Comercial do Porto”, contou. 

Para o futuro próximo, a empresa pretende “continuar e reforçar” a aposta na “sustentabilidade”, na “transparência da cadeia de valor”, bem como na “automatização e digitalização dos processos” e na “inovação com o lançamento de novos produtos de maior valor acrescentado”. A Impetus registou um volume de negócio em 2021 de “44 milhões de euros” e em 2022 teve um valor superior a 50 milhões de euros. Foram os melhores anos de sempre desde a criação da empresa. A previsão para este ano é atingir os 45 milhões de euros. Atualmente, a exportar 95% da sua produção, a Impetus está presente em 35 países, mas o plano para o futuro passa por estar em menos mercados, mas com “maior presença”, por isso têm uma campanha em Portugal, Espanha e França, onde vão continuar a apostar.

Alberto Figueiredo foi presidente da Câmara e da Assembleia Municipal de Esposende e também deputado à Assembleia da República pelo PSD. O seu envolvimento na política começou com os ideais da social democracia de Sá Carneiro. Durante o período em que esteve envolvido na política, Alberto Figueiredo também foi “experimentar” os corredores da Assembleia da República como deputado e assume que não gostou. “Lá não se faz nada e na Câmara faz-se obra, quando uma pessoa se empenha resolve muitos problemas à população”, atirou o antigo deputado social democrata, que se sentou na bancada da oposição com Guterres no Governo.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO DESTA SEMANA DO “ALTO MINHO”