Abate de sobreiros para construção de casas motivou discórdia na reunião de Câmara

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A Câmara de Ponte de Lima aprovou a declaração de utilidade pública necessária para permitir o abate de cerca de 40 sobreiros, na zona habitacional do campo de golfe, para a construção de um condomínio privado com 28 habitações. O assunto motivou a discórdia na reunião de Câmara, com os vereadores da oposição a dizerem que se estão a “banalizar” as declarações de utilidade pública. 

O presidente da Câmara de Ponte de Lima explicou que os sobreiros foram encontrados durante a desmatação do terreno para onde está licenciado um loteamento. O pedido de abate foi feito junto do ICNF, com a respectiva garantia de compensação de plantação de sobreiros noutro local. “Mas faz falta uma declaração de utilidade pública para que possam abater os sobreiros e eu não vejo inconveniente nenhum nisso. Trata-se de um empreendimento para 28 lotes que já está aprovado há algum tempo”, salvaguardou Vasco Ferraz. 

Os vereadores do Movimento Ponte de Lima Minha Terra (PLMT) questionaram os critérios aplicados pela autarquia neste assunto. “Li a fundamentação da proposta e não consigo encontrar um critério que justifique o abate. Acho que o interesse municipal é mesmo para poder ultrapassar esta questão”, criticou Francisco Pereira, alegando que as habitações que vão ser construídas não servirão para resolver os problemas de habitação de Ponte de Lima, atendendo ao valor das mesmas. O vereador do PSD também votou contra esta proposta, apresentando a mesma declaração de voto assente na não alteração do PDM. “Isto não tem nada a ver com PDM”, comentou Vasco Ferraz. “Eu já percebi isso, mas tenho este princípio e este critério”, justificou José Nuno Vieira de Araújo. 

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