Assembleia Municipal de Viana foi dos “diabos”

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A Assembleia Municipal de Viana do Castelo aprovou, por maioria, o orçamento municipal da Câmara e dos Serviços Municipalizados para o próximo ano com oito votos contra (cinco do PSD e três da CDU) e quatro abstenções (uma do PSD, uma do Bloco de Esquerda e duas do CDS/PP). Em sessão pré-natalícia, ouviram-se críticas por parte da oposição sobre “falta de estratégia” e “falta de apoio para as famílias”, argumentos que o autarca de Viana refutou, considerando-os até “um insulto político”.
A discussão em torno do orçamento superior a 157 milhões de euros demorou cerca de duas. O presidente da Câmara de Viana do Castelo enquadrou o documento com o contexto internacional “muito exigente”, realçando o investimento empresarial que tem sido feito no concelho. “ A BorgWarner, que contratualiza um investimento de 25 milhões e investiu, no final do ano, mais 90 milhões. A DS Smith, que se prepara para celebrar 50 anos de instalação no nosso concelho, num investimento de 144 milhões, e que é a demonstração de que os agentes que estão cá continuam a acreditar no nosso território. E também a Browning, com um investimento de 25 milhões”, sublinhou Luís Nobre. 
Luís Barreiros, do PSD, acusou o executivo de beneficiar do “contributo do aumento dos impostos, dos efeitos da inflação e do processo de descentralização”, e considerou que o documento não detalha a totalidade da despesa.
Filipe Vintém, da CDU, considerou que “no documento não é possível perceber qual é a estratégia de desenvolvimento global” do município e que “não há alívio fiscal para as famílias, não há medidas de apoio aos pequenos e médios empresários e ao comércio local”. “Vamos continuar à espera do novo mercado e, além da ligação ao Vale do Neiva, pouco mais será feito”, opinou.
O presidente da Câmara não concordou com os argumentos da oposição. “Tenho uma dificuldade incrível em ouvir que não há uma estratégia. É quase um insulto político. Investimento na habitação. Investimento no saneamento e abastecimento de água. Isto é coesão! Isto é desenvolvimento! Eu não sei como explicar melhor. Mas mais incoerente é dizerem que não há uma estratégia”, desabafou.
“Qual é o peso da educação, do desporto, da cultura, do desenvolvimento económico? Está aqui. Fomos a melhor Cidade Europeia do Desporto e não tivemos estratégia? Então como é que fomos eleitos? O diabo não foi de certeza, lamentou o autarca, indignado.
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