
Vianense Rafael Rocha foi campeão na Super Liga do Bahrain


O treinador de guarda-redes, Rafael Rocha, natural de Vila Franca, sagrou-se campeão da Super Liga de futebol do Bahrain, ao serviço do Muharraq. Com este título, a equipa orientada pelo português Nandinho alcançou um lugar na Champions Asiática.
O técnico vianense, que em Portugal representou o Courense, Cerveira, Braga, Vianense, Limianos e Ponte da Barca, está no estrangeiro desde 2020. Na época passada estava ao serviço do Al Batin FC, da Arábia Saudita, e esta temporada representou dois clubes. “Iniciei esta época com o mister Nandinho em outubro de 2024, na Arábia Saudita, no Bukariah da Segunda Liga. Chegamos com a equipa nas últimas posições, com três pontos em seis jogos. Quando saímos, em janeiro, a equipa lutava pelo playoff de subida. Em janeiro, o Muharraq, clube da Super Liga do Bahrain, pagou a nossa cláusula de rescisão e começou a nova aventura”, referiu.
Apesar do novo clube ser o mais titulado do país, com 34 títulos de campeão, 33 Taças do Rei, duas Supertaças e uma Champions da Ásia, nos últimos anos estava afastado da conquista do principal troféu. “O Muharraq é o clube com mais títulos do Bahrain, este foi o trigésimo quarto, mas já não o ganhava há sete anos. O objetivo principal era a conquista do título, para garantir acesso à Champions Asiática, mas ainda podíamos conquistar a Taça do Rei, competição que o mister Nandinho ganhou a época passada ao serviço de outro clube, mas fomos eliminados nas meias-finais pelo atual vencedor”, frisou.
Rafael Rocha elogiou as condições do clube e a competitividade da prova. “Temos tudo o que é necessário para uma equipa profissional trabalhar diariamente. Uma extensa equipa de profissionais que trabalham diariamente para que nada nos falte. É um campeonato bastante competitivo, onde o resultado é quase sempre disputado até ao apito final. Tem quatro equipas que podem lutar pelo título e as outras oito lutam para a melhor classificação possível. Neste momento faltam jogar três jornadas e do quarto classificado para baixo qualquer uma delas ainda pode descer de divisão”, salientou.
A viagem para Portugal sem retorno é um “desejo”, mas dificilmente será na próxima temporada. “Esta época regresso no final de maio e volto para dar início à próxima época, na última quinzena de julho. Voltar a título definitivo não escondo que é um desejo, mas não depende só de mim. Estou fora desde agosto de 2020, desde aí só tenho tido propostas para o estrangeiro. O regresso será quando tiver de ser”, afirmou.
Este título teve várias dedicatórias, mas algumas “especiais”. “Em especial à minha esposa e aos meus filhos, pelo esforço feito diariamente para que todos nos sintamos bem. Depois ao mister Nandinho pelo convite e pela confiança depositada e a todas as pessoas com quem trabalhei anteriormente, pois todas foram importantes no meu crescimento enquanto treinador de guarda-redes. Por último, aos meus guarda-redes, a todo o staff do clube e aos adeptos deste grande clube”, vincou.