
“Fazer a Volta a Portugal vale a pena mesmo que eu faça último todos os dias”
Iúri Leitão foi o terceiro classificado na quinta etapa da Volta a Portugal, entre Lamego e Viseu, num total de 155,5 quilómetros. “Têm sido dias muito exigentes e hoje, com a fuga de tanta qualidade, tivemos que desgastar as nossas equipas ao máximo e, no final, estávamos já bastante desgastados. Eu acho que acabou por ganhar o ciclista com mais frescura, aquele que estava em melhor forma”, reconheceu.
“Acho muito difícil manter a camisola por pontos, tendo em conta o tipo de trajeto que nós temos na Volta a Portugal, a quantidade de chegadas em alto, que eu acho que sinceramente não faz muito sentido. Vai acabar por ficar para os homens da geral e corremos o risco de acabar por ter o mesmo camisola amarela, azul [montanha] e laranja [pontos]. Mas eu acho que isso cabe à organização decidir, então se for isso que eles desejam para esta corrida, que seja”, alertou o ciclista vianense, acrescentando:
“Se considerarmos que foram 155 quilómetros com 2.500 de acumulado, não sei se podemos dizer que foi uma etapa perfeita para sprinters, até porque muitos deles acabaram por descolar e não é por estarem em má forma, é porque realmente foi um dia muito duro. Uma subida de 30 quilómetros, uma de nove, uma de oito e outra de três no meio. E o circuito de sobe e desce, como é muito característico em Viseu, acaba por ser muito penalizador para nós. E, bom, é mesmo assim, no final temos que nos contentar com aquilo que temos e, se estou aqui presente, tenho que engolir aquilo que temos pela frente. Fazer a Volta a Portugal vale a pena mesmo que eu faça último todos os dias. […] Ainda que, por enquanto, não esteja 100% concretizado, porque ainda não tive nenhuma etapa que eu pudesse dizer que saiu como eu queria.”