Comité Olímpico de Portugal visita Complexo Desportivo da UMinho

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O presidente do Comité Olímpico de Portugal e o chefe da missão portuguesa aos Jogos Olímpicos de Tóquio estiveram no Complexo Desportivo de Gualtar esta quinta-feira de manhã para acompanhar o treino de Alto Rendimento e Projeto Olímpico da atleta Patrícia Esparteiro.

As instalações desportivas da Universidade do Minho reabriram no passado dia 3 de junho e, desde então, têm acolhido centenas de pessoas que estão a retomar a prática desportiva nas diversas modalidades oferecidas pelo Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Acção Social. Uma dessas modalidades é o Karaté, cuja prática é dinamizada pelo diretor técnico da seleção nacional, Joaquim Gonçalves.

Esta quinta-feira, o Complexo Desportivo de Gualtar acolheu uma sessão de treino de alto rendimento de Karaté que contou com a participação da atleta Patrícia Esparteiro, campeã nacional por 14 vezes e medalha de bronze na prova de “Kata” nos II Jogos Europeus de Minsk em 2017, resultados que a colocam como uma das atletas mais bem posicionadas para representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio, edição que contará pela primeira vez na sua história com o Karaté como modalidade de demonstração.

A atleta, que participou no Campeonato Mundial Universitário de Karaté de 2016 na Universidade do Minho, diz que guarda excelentes recordações dessa competição. “Conseguimos alcançar a final do campeonato do mundo e conquistamos a medalha de prata, por isso as memórias que tenho da Universidade do Minho são excelentes e é sempre bom cá voltar. A Universidade do Minho tem excelentes instalações para que os atletas possam treinar com todas as condições e em segurança”, afirmou Patrícia Esparteiro.

O treino foi acompanhado por uma delegação do Comité Olímpico de Portugal, que se fez representar pelo Presidente, José Manuel Constantino, o Diretor Desportivo, Pedro Roque, e o chefe da missão portuguesa aos Jogos Olímpicos, Marco Alves. José Manuel Constantino quis deixar uma “mensagem de esperança e confiança para a Patrícia e o seu treinador Joaquim Gonçalves, para que continuem com o trabalho e empenho no sentido de continuarmos a alimentar a esperança de ter uma representação da modalidade de Karaté nos Jogos Olímpicos de Tóquio.”

O Presidente do Comité Olímpico sublinhou também a importância do desporto universitário, considerando-o um excelente complemento na formação de qualquer atleta. “A Universidade do Minho é um exemplo, no sentido de que ao longo dos últimos anos têm saído muitos atletas, treinadores e quadros de dirigentes, e tem sido um alfobre de atores e agentes desportivos de relevância, com uma larga tradição do ponto de vista desportivo e é a prova que evidencia o papel muito significativo que o desporto universitário pode dar a todo sistema desportivo. Oxalá o exemplo da Universidade do Minho possa ser estudado, conhecido e replicado noutras Universidades do país”, concluiu.

Marco Alves também reforçou a importância do desenvolvimento de carreiras duais, afirmando que “é um orgulho contar com tantos atletas universitários, a quem reconhecemos uma grande capacidade de resiliência e dedicação para conciliar os estudos com a alta competição. Nesta visita à Universidade do Minho tivemos a oportunidade de conhecer as instalações e observamos que as medidas de segurança que estão implementadas são muito interessantes naquilo que é a perspetiva de garantir novamente o serviço da atividade física a toda a comunidade envolvente. Aproveito para deixar uma palavra de apreço e também de coragem para este trabalho, apontando que este é um excelente exemplo para a retoma da confiança nas atividades desportivas.”

Por sua vez, Carlos Videira diretor do Departamento de Desporto e Cultura, destacou a importância desta visita. “O primeiro dado relevante é o facto de continuarmos a ser muito procurados por várias entidades para realizarem aqui as suas atividades desportivas, nomeadamente de alto rendimento, sendo um reconhecimento da qualidade da infraestrutura que foi criada de alguns anos a esta parte em Braga e em Guimarães, e que tem sido uma alavanca para todo o sucesso desportivo da Universidade do Minho em parceria com federações, associações e clubes que nos continuam a procurar e que são muito relevantes para que possamos ter boas condições para oferecer aos nossos atletas”.

Outro aspeto bastante relevante para o dirigente é o facto de, para além de reconhecerem a qualidade das suas infraestruturas, todas as instituições depositarem uma grande confiança na Universidade do Minho nesta fase de retoma da atividade desportiva. “Estamos a desenvolver um trabalho progressivo de regresso à normalidade, cumprindo todas as orientações emanadas pelo Governo e pelas autoridades de saúde, e é com satisfação que verificamos que esse trabalho é reconhecido e valorizado por uma das principais instituições do sistema desportivo nacional, como é o caso do Comité Olímpico”, realçou Carlos Videira.