CCDR-N aponta 2021 como “melhor ano de sempre” na execução do Norte 2020

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) afirmou que 2021 será o “melhor ano de sempre” na execução do Norte 2020, com 630 milhões de euros aplicados na economia regional.

“É uma vitamina inequívoca na liquidez financeira não apenas dos investidores, mas também da extensa cadeia de executores e fornecedores, contribuindo supletivamente para a manutenção e a criação de empregos”, afirmou António Cunha.

O presidente da CCDR-N falava durante a conferência ‘online’ “O impacto da covid-19 na economia do Norte – Que efeitos, respostas e transformações?”, que decorreu a partir do Porto.

O estudo apresentado conclui que a “economia a Norte, tal como a de Portugal, terá observado a maior recessão económica do período democrático em resultado do impacto negativo da crise pandémica de 2020”.

António Cunha referiu que as reprogramações operadas no Norte 2020, a adoção de medidas extraordinárias de aceleração da execução e as opções de novas aprovações de investimentos procuraram “contribuir para mitigar os efeitos da crise no curto prazo” e “promover a transformação estrutural da economia, do território e da qualidade de vida, com efeitos no médio longo prazo”.

O responsável referiu que, “no apoio ao emprego e às empresas, o conjunto das medidas adotadas no Norte 2020 superam os 300 milhões de euros de financiamento”.

“Em 2021, tomámos ainda a iniciativa de reforçar significativamente os nossos apoios às infraestruturas científicas e a projetos de investigação e desenvolvimento, com um volume de financiamento de 60 milhões de euros”.

Num setor “altamente exposto à crise” como foi o da cultura, com uma “travagem a fundo da atividade”, o Norte 2020 “estimulou entre 2020 e 2021 projetos de programação na ordem dos 14 milhões de euros”.

António Cunha salientou que este programa operacional tem “vindo ainda a reforçar o seu papel ao serviço da coesão territorial regional”.

O presidente da CCDR-N disse esperar alcançar até ao final de 2021 a “meta de 61% da execução do orçamento do Norte 2020”, tendo já sido “ultrapassados os 60%, quando no final do ano passado a taxa de execução se limitava a pouco mais de 42%”.

“Há ainda muito a realizar até ao final do ano e até à conclusão do programa, no primeiro semestre de 2023. Apelo, por isso, a todos os beneficiários, e em particular aos municípios, entidades intermunicipais e outros investidores públicos, que se empenhem especialmente na execução dos projetos, mas também na submissão dos respetivos pedidos de pagamento ou reembolso”, salientou.

Para António Cunha, “mais do que nunca, a máquina regional dos fundos comunitários precisa de funcionar como um relógio suíço”.

“É importante também para suportar a nossa reivindicação de maior autonomia”, realçou.

O responsável referiu ainda que, “muito embora os excecionais números de 2021 resultem, em boa medida, das condições extraordinárias criadas para acelerar a execução, com o incremento das taxas de comparticipação” pretende-se em 2022 “renovar a ambição desta performance, ultrapassando 80% da execução do programa”.

“É uma meta muito ambiciosa, que colocará uma grande exigência sobre toda a cadeia de gestão e execução dos fundos do Norte 2020”, afirmou.

António Cunha adiantou ainda que nas primeiras semanas do novo ano deverá ser lançada “a iniciativa de constituição da bolsa de ‘overbooking’ de projetos de investimento, de modo a gerir as disponibilidades financeiras do Norte 2020, assegurando que não se perca um euro de fundos a Norte”.