Melgaço desafia turistas a conhecer a arte milenar das pesqueiras do Rio Minho

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As pesqueiras ancestrais do rio Minho integram um novo produto turístico de Melgaço que pretende divulgar estas construções em pedra que estão em fase de classificação como património imaterial.

O pacote turístico “A Lampreia e as Pesqueiras do Rio Minho” foi apresentado durante a Festa dos Pescadores das Pesqueiras do rio Minho.  O presidente da Câmara de Melgaço adiantou que o novo produto turístico “nasce de uma aposta de uma empresa de animação de Castro Laboreiro, mas que envolve o município, a capitania de Caminha e os pescadores locais”.

“A autarquia e a capitania criam as condições necessárias para a visitação, melhorando os trilhos que dão acesso às pesqueiras. A capitania concede a autorização e dá orientações para que a visitação aconteça em segurança”, explicou Manoel Batista. Aos pescadores, adiantou o autarca, caberá a missão de transmitir a riqueza da arte de pesca, nas pesqueiras. “Este produto turístico deixará também riqueza junto dos pescadores, ao serem compensados pela sua participação”, especificou.

No fundo, a ação consiste em orientar os turistas pelos trilhos de acesso às pesqueiras, exemplificando todo o processo da arte da pesca, pelos próprios pescadores, desde a construção das redes até ao seu uso nas pesqueiras, contando as histórias e curiosidades sobre a arte da pesca artesanal e das construções milenares existentes nas duas margens.

“Com este produto, Melgaço oferecerá uma experiência associada à gastronomia, aos produtos endógenos e à descoberta das suas origens, à autenticidade do nosso território e ao saber fazer tradicional”, realçou a autarquia.

“Este património das pesqueiras do Rio Minho pode tornar-se um património valiosíssimo do ponto de vista turístico. Desde que bem guiada e com segurança, vai conseguir-se curiosidade, vontade e público que queira ver estas pesqueiras milenares”, refere o autarca que participou visita às pesqueiras do Rio Minho, na zona de Alvaredo. “As pesqueiras são um património único no Alto Minho e, no país. A sua importância incalculável levou que a Câmara de Melgaço lançasse a candidatura das pesqueiras do rio Minho ao registo nacional de património imaterial. Atualmente, o processo está a ser conduzido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho e, a qualquer momento, aguardamos essa classificação”, rematou Manoel Batista.