Trabalhadores da Uchiyama reivindicam aumentos salariais

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Os trabalhadores da Uchiyama, na zona industrial do Neiva, em Viana do Castelo, associaram-se, pela primeira vez, ao Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta, que se está a assinalar esta quinta-feira em todo o país com paralisação em diversos sectores, para reivindicar aumentos salariais. Dezenas de trabalhadores de três turnos diferentes concentraram-se à porta da empresa japonesa de vedantes durante duas horas esta manhã e voltarão a parar durante três horas à tarde. Também na Browning Viana está prevista uma paralisação entre as 14:40 e 16:40 horas.

“Este protesto resulta de vários que já têm acontecido há meses e agudizaram-se com o aumento do custo de vida e com o facto de estarmos no início do ano e as entidades patronais estarem a dificultar muito ao não querer acompanhar o valor da inflação do último ano”, referiu Augusto Silva, da União de Sindicatos de Viana do Castelo, que acompanhou o protesto à porta da Uchiyama. O dirigente sindical frisou que na Uchiyama os salários não são revistos, o que leva a que um trabalhador com vários anos de casa ganhe o mesmo do que um trabalhador recém-contratado. “Nesta empresa, temos trabalhadores que estão aqui há 23 anos e ganham praticamente o salário mínimo nacional, quando há 10 anos estavam ligeiramente acima do salário mínimo da altura”, criticou.