“Museu do Sargaço representa uma homenagem a todos os apulienses”

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A Escola Primária de Areia, na Apúlia, em Esposende, foi transformada no Museu do Sargaço, após um investimento do Município de Esposende na ordem dos 780 mil euros, que foi inaugurado recentemente.

“Havia carência efetiva de espaços culturais em Apúlia”, reconheceu o residente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, notando que a estratégia cultural do Município é orientada para o investimento e para a descentralização. Neste contexto, explicou, este museu beneficia todo o território concelhio, seja por via da criação/disponibilização de espaços seja ao nível de realização de eventos.

O Museu do Sargaço nasce da vontade do Município em manter vivas as memórias da tradição da apanha do sargaço, ofício de grande valor cultural e que se tornou num marco histórico na cultura Apuliense, dando, simultaneamente nova viva a um edifício que se encontrava devoluto, depois da desativação da Escola Primária de Areia, espaço também repleto de história.

Dirigindo-se a uma vasta plateia de apulienses, Benjamim Pereira, tal como havia feito anteriormente o presidente da Junta da União das Freguesias de Apúlia e Fão, Valdemar Faria, exortou a memória de Laurentina Torres, ex-presidente da Câmara Municipal e dedicada dirigente associativa da Casa da Povo de Apúlia, falecida em novembro passado, por todo o trabalho de preservação e divulgação dos Sargaceiros de Apúlia.

Notando o “investimento muito significativo” da obra, Benjamim Pereira referiu que, para além da função de preservação da memória, “o Museu do Sargaço assume-se como um espaço cultural multifuncional ao serviço da cultura”. Neste sentido, lançou o repto à União das Freguesias de Apúlia e Fão e às coletividades locais para colaborarem na dinamização do espaço, que dispõe de condições para acolher os mais diversos eventos culturais, como, por exemplo, exposições e sessões de apresentação de livros, entre outros.

Benjamim Pereira lembrou que no dia 29 de abril será inaugurada a requalificação do Campo dos Sargaceiros, referiu também que está em curso o projeto para a execução do novo Mercado de Apúlia e lembrou a intervenção prevista para a zona costeira Pedrinhas/Cedovém, destacando, ainda, o projeto na área da investigação a desenvolver na Estação Radionaval de Apúlia, numa parceria com a Universidade do Minho.

“Hoje, de facto, é um dia muito importante para o concelho, mas sobretudo para Apúlia”, afirmou o autarca Valdemar Faria, expressando satisfação por ver cumprido mais um projeto em Apúlia e pela presença massiva da população local. “A obra fala por si”, afirmou, assinalando que “o Museu do Sargaço representa uma homenagem a todos os apulienses e a todos os sargaceiros” e, neste contexto, lembrou Laurentina Torres, um “ícone desta terra e desta tradição”. Ciente da mais-valia deste equipamento, Valdemar Faria não tem dúvidas de que a comunidade local, nomeadamente as associações e as escolas, o saberão aproveitar. Concluiu a intervenção, agradecendo à comunidade apuliense e a todos quantos contribuíram para a concretização da obra.

Em resposta ao presidente da Junta da União das Freguesias, que expressou a sua preocupação face ao encerramento temporário do Centro de Saúde de Apúlia, Benjamim Pereira assegurou a reabertura da Unidade de Saúde, após a realização das necessárias obras de requalificação e ampliação das instalações, garantidas no acordo de transferência de competências no domínio da saúde, recentemente concluído com o Ministério da tutela.