Romaria de campeões

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Assim como o desporto, a Romaria desperta a vontade de vencer. O cuidado que cada mordoma empenha ao vestir o traje, ao pregar o ouro ao peito ou a apertar o lenço na cabeça é o mesmo de um atleta que se prepara para disputar uma final e lutar por uma medalha. A chieira é a mesma. O orgulho de ser o melhor, ultrapassar as dificuldades, cruzar a meta, descer a Avenida dos Combatentes e sentir um mar de gente a torcer por nós. Há uma fé que não se explica, como fica demonstrado com o “desfile de mordomia” que esta edição especial organizou. Mas fomos mais além e “casámos” o desporto com a Romaria, aproveitando o feito inédito do intrépido Iúri Leitão como campeão do mundo. Durante a prova, o ciclista sentiu que tinha as “pernas certas” para conseguir vencer. As mesmas pernas que desfilaram orgulhosamente na festa da sua terra, ao lado da mordoma da sua vida. Iúri sabe o que é a chieira, de ser campeão do mundo, a pedalar e a desfilar. E nas voltas que o Vira dá, esta edição especial conta também um pouco da história de Pedro “México”, homem da Ribeira de Viana, que faz do futebol a sua vida, vive no folclore a sua paixão e arrepia-se sempre que a Senhora passa na sua rua dos Poveiros.

No ano em que os holofotes europeus estão apontados a Viana, a Romaria d’Agonia entra novamente em campo, com a mesma vontade de vencer, de ser a melhor de sempre. Os seus jogadores somos todos nós, ilustres anónimos que nos sentimos campeões no pódio da garra vianense. Sem hesitar, partimos “de flor ao peito” porque sabemos que o “amor é como o vento” e “quem pára perde o jeito e morre a todo o momento”. Por isso, voltamos a Viana, ano após ano. Porque há “Voltas” que são para sempre.

 

 

LEIA A REPORTAGEM EXCLUSIVA COM O CAMPEÃO MUNDIAL NO SUPLEMENTO DA ROMARIA D’AGONIA DO JORNAL ALTOMINHO

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