Atraso na revisão dos Planos Directores Municipais “tem impedido o desenvolvimento” na CIM Cávado 

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A Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado) reuniu com a vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Célia Ramos, para discutir o Plano Regional de Ordenamento do Território, vincando a necessidade de serem revistos os Planos Diretores Municipais por considerarem que este atraso tem “sido impeditivo do desenvolvimento dos territórios”

“Um dos objetivos da reunião foi encontrar soluções que contribuam para o equilíbrio entre a exploração sustentável dos recursos do território e o seu desenvolvimento económico e social, tendo em consideração os interesses das populações locais”, vincou o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Cávado, frisando que os municípios “têm participado, ativamente, nestes trabalhos, em articulação com a CCDR-N, apresentando contributos e sugestões que ajudem a potenciar o território do Cávado e a destacar o mesmo ao nível regional”.

Os presidentes dos seis municípios que compõem o Conselho Intermunicipal da CIM Cávado reforçaram algumas das propostas já apresentadas e salientaram os desafios do território, nomeadamente nas condições de habitabilidade, mobilidade, inovação e desenvolvimento empresarial. “Questões como o acesso às grandes infraestruturas de transporte rodoviário e ferroviário, a articulação do Quadrilátero com os restantes municípios que compõem a CIM Cávado em matérias de mobilidade, competitividade, inovação e internacionalização numa verdadeira parceria urbano/rural e o equilíbrio do território com os sistemas naturais existentes foram de novo debatidas”, explicou Ricardo Rio, sustentando que “são estes alguns dos fatores que ajudam a fixar população, promover a coesão entre os municípios e a reforçar uma marca distintiva do território em toda a região Norte”.

Os presidentes dos municípios que compõem a CIM Cávado aproveitaram a reuniao a oportunidade para abordar o processo de revisão dos atuais Planos Diretores Municipais, sobre algumas das orientações e interpretações que estão a ser apresentadas pela CCDR-N. “Existe uma preocupação crescente com este problema que tem sido impeditivo do desenvolvimento concreto dos territórios, em especial dos territórios de baixa densidade, tendo sido discutidas questões como definição de solo urbanizável, parcelamento e saneamento que não estão a ser devidamente acauteladas”, realçou.