“Lavadeiras do rio Lima são a minha inspiração”

0
1590

Belita Sá Lima é uma limiana, de 58 anos, apaixonada pela costura. Trabalha na área do turismo há 35 anos, mas é a criar peças de roupa que se sente realizada e, por isso, nas horas livres, cria peças “exclusivas e originais” para vender ou colecionar. A estilista, que se inspira na paisagem limiana e no rio Lima, está a ganhar um lugar assíduo nos palcos do concurso Miss Queen Portugal e uma das suas criações já ganhou um prémio de “melhor traje”. 

“A minha inspiração vem do granito, do nosso património e de todos os elementos naturais que temos, como o rio Lima”, apontou, contando que tem uma ligação “muito forte” com o rio. “Cresci a brincar no rio. Fazíamos as nossas brincadeiras todas aqui, jogávamos à macaca, saltávamos à corda e o rio era o nosso parque infantil”, partilhou Belita, garantindo que teve uma infância “maravilhosa”. “Lembro-me perfeitamente de brincar junto às lavadeiras e daquele cheirinho a sabão rosa da roupa que secava nos estendais. As senhoras lavadeiras esticavam os lençóis e faziam baloiços para nós. Hoje elas são para mim uma inspiração. Não eram nada cabaneiras, nem mal educadas como se diz, eram tão amorosas, tão carinhosas e unidas que ninguém faz ideia, só mesmo quem vivenciou é que sabe”, afiançou.

A artista costuma mostrar o seu trabalho e vender as suas criações nas redes sociais, exceto os trajes criativos. “Se vier alguém ter comigo e pedir um traje eu faço sem problema nenhum, mas normalmente não vendo os trajes criativos. Se eu fizer uma peça e a guardar sem partilhar nas redes sociais pouca gente o vê. Por isso, é sempre bom usar as redes sociais para divulgar e expandir o negócio”, concluiu. 

Leia tudo na edição desta semana do “Alto Minho”