Barcelos Primeira Capital Mundial da Saúde Mental

0
512
A cerimónia oficial de atribuição do título de Barcelos Primeira Capital Mundial de Saúde Mental contou com a presença, entre outras individualidades nacionais e estrangeiras, do presidente da Câmara Municipal de Barcelos e do presidente da Federação Mundial de Saúde Mental, o japonês Tsuyoshi Akiyama.
Após a assinatura do memorando de entendimento que prevê a implementação de um plano de ação a apresentar oportunamente, o presidente Mário Constantino Lopes expressou “a maior honra e o enorme orgulho que é para Barcelos receber o título de 1ª Capital Mundial da Saúde Mental. Tal agraciação, vinda da importante e prestigiada Federação Mundial de Saúde Mental, constituiu para nós, Município, para os barcelenses em geral, e muito particularmente para as instituições e profissionais que, no nosso território, trabalham nesta área tão sensível da saúde, um grande motivo de regozijo e, simultaneamente, de responsabilidade”.
Realçando que “o concelho tem um longo historial no que respeita aos cuidados na área da saúde mental”, o edil mencionou e agradeceu “em nome da população barcelense, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, e a gratidão e agradecimento públicos pela excelência dos serviços prestados à comunidade, pelas unidades Casa de Saúde S. João de Deus e Casa de Saúde S. José, como a APACI – Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão e a APAC – Associação de Pais e Amigos de Crianças, e mais recentemente pela Associação RECOVERY.
Segundo o autarca, “a promoção da saúde mental é uma responsabilidade de toda a sociedade e deve mobilizar todos os cidadãos, cabendo às autarquias, o papel de dinamização e sobretudo de apoio às instituições que no seu território operam nesta área. E assim temos feito no Concelho de Barcelos”, sublinhou.
Vincando que “não há Saúde sem Saúde Mental”, Mário Constantino Lopes afirmou que “nenhuma pessoa, nenhuma família, nenhuma comunidade pode viver saudavelmente sem que esse primeiro requisito. “Mentes saudáveis criam um mundo melhor”, enfatizou.
O autarca chamou ainda a atenção para o facto de “haver uma população cada vez mais envelhecida, pelo que é imperativo a implementação de programas preventivos cada vez mais precoces.
Nesta área, como em muitas outras, a palavra de ordem deve ser agir em vez de reagir”, disse, enfatizando a importância da assinatura do Memorando de Entendimento.
Será, então, a partir desse memorando que vai ser elaborado um Plano de Ação, do qual o edil já adiantou já duas medidas: “a criação de uma Academia da Saúde Mental para formação na área da Saúde Mental; e a criação de uma Rede Municipal de Saúde Mental que promova um conjunto e ações e projetos na área da prevenção”.
O presidente da Federação Mundial de Saúde Mental, o japonês Tsuyoshi Akiyama, instituição que atribuiu a Barcelos o título de 1ª Capital Mundial de Saúde Mental, sublinhou que “em 75 anos de existência daquela instituição é a vez que este reconhecimento é feito. “É um compromisso sem precedentes a uma escala nunca vista. Um farol de esperança que faz de Barcelos um modelo para todo o mundo”, disse Tsuyoshi Akiyama.
Historiando o trabalho que conduziu a este resultado, aquele especialista mundial disse ser o culminar de 18 meses colaborativos entre a Federação, o Município de Barcelos e a Recovery”.
Relativamente ao Memorando de Entendimento, frisou que o mesmo assenta num plano de ação “estruturado em três vetores fundamentais:  programas orientados para a recuperação, projeção e medidas e respostas em nove áreas sociais”.
Tsuyoshi Akiyama acredita que “a implementação desse plano de ação com sucesso vai permitir mostrar Barcelos como modelo global. No final de 2026 apresentaremos as respostas que irão pavimentar o caminho para a 2.ª capital mundial de Saúde Mental. Barcelos tem uma longa tradição de apoiar a criatividade e os peregrinos. Esta peregrinação de três anos constitui um compromisso sem precedentes para o Município. No fim dos 3 anos, o galo de Barcelos vai cantar 3 vezes para testemunhar o processo desta peregrinação”, conclui o da Federação Mundial de Saúde Mental.