Branca foi Mariana para lutar pela Liberdade

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“Tive um nome emprestado, Mariana fiquei eu”. Assim começa o refrão da música “Mariana” do projecto Anónimos de Abril que homenageia Branca Carvalho, mulher de Abril que, antes da Revolução, viveu na clandestinidade com o nome Mariana para ludibriar a PIDE. “Estou em Viana há cerca de 40 anos e nunca tive momentos de publicamente expressar informações sobre a minha história de vida”, confessou a antiga dirigente do PCP de Viana do Castelo, que foi surpreendida com a música que compuseram em sua homenagem e ao seu percurso político na luta pela Liberdade. “Em 1969, comecei por participar na campanha da oposição democrática e, em 1972, aderi à luta dos trabalhadores, da classe operária, dos jovens, gostava de participar em tudo. Nesse ano, também aderi ao Partido Comunista e a partir daí foi um percurso de actividade que levou à minha colaboração na distribuição de propaganda para mobilizar as pessoas para a grande manifestação que se realizou no Porto, nesse mesmo ano. Foi uma manifestação brutal, muita gente foi presa, eu não fui porque se calhar estava no sitio certo”, contou Branca Carvalho, durante uma tertúlia que se realizou na Galeria Barca D’Artes, em Viana do Castelo, promovida pelo Centro Cultural do Alto Minho, no âmbito das comemorações populares do 25 de Abril.

Conheça a história de Branca Carvalho na edição do Semanário Alto Minho dedicada exclusivamente aos 50 anos do 25 de Abril que ainda está disponível em banca.