Bloco de Esquerda alerta que antiga mina de volfrâmio de Covas continua a gerar água contaminada

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A candidatura do Bloco de Esquerda pelo Alto Minho às próximas eleições legislativas visitou a antiga exploração mineira de volfrâmio, em Covas, no concelho de Vila Nova de Cerveira, e ficou surpreendida por ainda não ter começado a anunciada intervenção ambiental para o local. As candidatas Adriana Temporão e Ana Azevedo, acompanhadas por Leonídia Pereira, membro da Assembleia de Freguesia de Covas, e Abílio Cerqueira, dirigente distrital, juntamente com representantes da associação COREMA, visitaram o Ribeiro do Poço Negro e dizem ter constatado com preocupação “não só os impactos que a exploração mineira deixou naquela zona, mas também os que deixa no Rio Coura, onde este ribeiro vai escoar”.

O BE recorda que, entre 1942 e 1984, decorreu, de forma regular, a exploração mineira de volfrâmio em Covas, mas a partir de 1989 as minas “ficaram numa situação de completo abandono”. Em 2007 iniciou-se aquilo que foi apelidado de “recuperação ambiental” desta área pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA (EDM), entidade que está encarregue de proceder à recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras. Segundo as informações que constam no site da EDM, esta intervenção consistiu na modelação e impermeabilização das escombreiras, drenagem/tratamento de águas superficiais, renaturalização e recuperação paisagística, entre outras. No início do ano passado, foi anunciada nova intervenção por parte da EDM, no valor de 2 milhões de euros, com o objetivo de “minimizar a geração de águas ácidas, mas também de assegurar uma adequada recolha e tratamento passivo das águas contaminadas previamente à sua drenagem para a ribeira do Poço Negro e do rio Coura”.  Para o BE, “a intervenção anunciada no início de 2023, é extremamente necessária e urgente, no entanto, foi com surpresa que não encontramos qualquer indício de que os trabalhos tenham sido iniciados”, alertou.

 

Visita ao GAF

Em pré-campanha eleitoral, a candidatura do BE também passou pelo Gabinete de Atendimento à Família (GAF) de Viana do Castelo, para se inteirar sobre as respostas da instituição às vítimas de violência doméstica e às pessoas em situação de sem abrigo. “Nesta reunião, percebeu-se a importância desta instituição a nível distrital e nacional que serve, anualmente, mais de 1700 utentes, com mais de 19000 atendimentos, em apoio alimentar à comunidade, apoio às vítimas de violência doméstica, a crianças em risco psicossocial e a pessoas com dependências de substâncias”, destacou o BE, acrescentando que “a população sem abrigo ou sem teto tem aumentado, incluindo vindas de fora do concelho, e que apresentam situações de dependência de drogas ou álcool e com problemas de saúde mental”. No final do encontro, Adriana Temporão destacou a importância do terceiro setor em Portugal, cujas iniciativas da sociedade civil dão respostas essenciais às populações, como é o caso do GAF. A cabeça de lista salientou ainda a necessidade de reforçar os apoios da Segurança Social para dar mais e melhores respostas às vítimas de violência e às pessoas em situação de sem abrigo, assim como o pagamento atempado das verbas relativas aos acordos e projetos, de forma a evitar dificuldades de tesouraria.