“Não poderia ser a mulher que sou se não fosse Viana”

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Viana do Castelo assinalou o Dia da Mulher com uma conferência que juntou no Museu do Traje cinco ilustres figuras femininas vianenses, de diferentes áreas. Intitulada “Ser Mulher em Viana do Castelo”, a conferência girou não só em torno do quotidiano das mulheres vianenses e das oportunidades que o concelho lhes proporcionou, mas também das conquistas e desafios de todas as mulheres no pós 25 de abril. A atividade foi integrada no âmbito da reedição da obra de Maria Lamas, “As Mulheres do meu País”, editada originalmente há 75 anos e que relata como era ser mulher na época da ditadura.

Flora Silva, professora aposentada e figura política de referência no concelho; Maria José Neto, presidente da Associação de Armadores de Pesca de Castelo do Neiva; Conceição Pimenta, proprietária da Casa Sandra – Bordados de Viana; Joana Sancha Pinto, proprietária do À Moda Antiga – Retro Market & Bistro; e Sara Jácome, enfermeira, foram as convidadas da palestra.

Flora Silva, que é actual presidente da Assembleia Municipal de Viana do Castelo, conta com uma vida cheia de histórias. A professora aposentada não esqueceu a “sorte” que teve à nascença, ciente de que muitas outras mulheres não tiveram. “Nunca passei fome nem dificuldades, mas tinha olhos para ver que à minha volta havia muita miséria, muita violência doméstica e muitas mulheres que passavam a vida grávidas, que ficavam degradadas muito depressa”, afirmou Flora Silva, que esteve 16 anos na Câmara Municipal, onde foi vereadora da cultura, do desporto e da educação e também vice-presidente da Câmara. Sempre ativa na comunidade, Flora Silva relembra a importância da luta contínua. “Todos os dias são dias de luta e de conquista. Se há coisa que me dói é quando as mulheres dizem mal da emancipação das mulheres”, declarou.

 

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