Câmara anuncia novo hospital privado especializado em oncologia em Caminha que resolve “imbróglio urbanístico” em Vilarelho

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A Câmara de Caminha anunciou o investimento para a construção de um hospital privado que contará com um Serviço de Atendimento Permanente, um Bloco Cirúrgico, uma Unidade de Internamento e uma Unidade de Medicina Nuclear, num investimento que chega a 12.8 milhões de euros, “sendo que mais de 9 milhões se destinam à aquisição de equipamentos altamente especializados e meios complementares de diagnóstico”. O investidor é HCA Healthcare em Portugal, grupo empresarial americano que é o maior operador privado, na área da oncologia, em todo o mundo, e que realiza este investimento através da filial britânica. De acordo com o presidente da Câmara, “o pedido de informação prévia efetuado pelo particular vai entrar nos serviços municipais nos próximos dias e vai ser analisado com todo o rigor”. “Posteriormente, estando tudo em conformidade, seguir-se-á o processo de licenciamento e, a nossa expetativa é que tenhamos o novo Hospital a funcionar a meados de 2024. O tempo, agora, é dos procedimentos técnicos, da recolha de pareceres e das decisões urbanísticas finais. Caminha está na rota dos grandes investimentos públicos e privados e vamos continuar a trabalhar para criar mais e melhor economia para o concelho de Caminha”, afirmou Miguel Alves.

De acordo com a autarquia, o investimento tem “um prazo de execução de dois anos a contar do licenciamento camarário e visa dar resposta, a partir de Caminha, às necessidades da população do Alto Minho, abrangendo os seus 230 mil habitantes, sem deixar de ter em conta o potencial do território galego”. Está previsto que o novo Hospital de Caminha crie 60 postos de trabalho diretos na área da saúde e de suporte à atividade hospitalar. 

“Este é mais um investimento que atraímos para o concelho e que resulta de muitos meses de trabalho e cooperação. Em boa verdade, estamos a dar três boas notícias à população: a primeira é de que vão ter uma unidade hospitalar com capacidade para complementar a oferta pública e privada já existente, com particular enfoque na área oncológica, aproximando serviços e minimizando deslocações; a segunda é que o investimento criará dezenas de novos postos de trabalho diretos e indiretos, potenciando o aparecimento de novos negócios; a terceira é que resolvemos um imbróglio urbanístico que existe em Vilarelho, muito perto da nova Escola Secundária de Caminha, de uma obra inacabada e embargada que herdamos em 2013. É um feliz “três em um!”, frisou o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves.

A autarquia refere que para além do Serviço de Atendimento Permanente que permitirá o acesso a cuidados médicos durante 24 horas, o novo hospital terá 12 camas na Unidade de Internamento para Cirurgia, três salas no Bloco Operatório e mais 12 camas que acomodarão, entre outros, o serviço de Pediatria. A atividade do equipamento estará, contudo, centrada na Unidade de Medicina Nuclear, fundamental para o diagnóstico e a deteção de doenças oncológicas, que evitará deslocações regulares da população ao Porto, Coimbra e Lisboa para acederem a meios complementares de diagnóstico e terapêutica em procedimentos de média complexidade.