IPVC quer “consolidar a cultura da inovação”

0
297

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo  já apresentou o PAT.tech, o novo modelo de transferência de conhecimento para o tecido económico, social e industrial, assumindo-se como um dos proponentes fundamentais da região para a criação de um ecossistema com vista à inovação e ao desenvolvimento de tecnologia no Alto Minho.

“Potenciar, Aproximar e Transferir Tecnologia e Conhecimento Científico” entre a academia e o tecido económico, social e industrial, é esta a premissa que fundamenta o surgimento do PAT.Tech, projeto que nasce de uma colaboração entre o Politécnico de Viana do Castelo e o CiTin – Centro de Interface Tecnológico Industrial, recentemente reconhecido pelo Ministério da Economia como Centro de Tecnologia e Inovação, único em toda a região do Alto Minho.

Diante de um auditório com perto de duas centenas de pessoas, entre investigadores, docentes, estudantes e empresários, o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, defendeu que “o IPVC, pela sua especificidade com enfoque na produção de conhecimento, tem um papel e uma responsabilidade especiais na produção de um ecossistema capaz de criar investigação e inovação, que responda às necessidades, em especial, do Alto Minho, com vista aos objetivos últimos de desenvolvimento da região e de produção de riqueza”. Neste sentido, o PAT.tech surge com os propósitos de consolidar a cultura de inovação, colocar o conceito de patenteação na ordem de trabalhos e tornar mais efetiva a transferência de conhecimento para a sociedade.

Carlos Rodrigues explicou, ainda, que o lugar que hoje o Politécnico de Viana do Castelo assume como interlocutor na sociedade é alavancado por uma série de fatores que diferenciam o próprio IPVC. O presidente do Politécnico de Viana do Castelo deu o exemplo das quatro Unidades de Investigação, que hoje compõem o IPVC, duas delas acreditadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) – CISAS e ProMetheus – e duas – ADiT-LAB e o SPRINT – com condições para avançar com tal acreditação num futuro próximo.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo tem também três unidades participadas, o in.cubo, o CiTin e o DataCoLAB, e é a quinta instituição politécnica com mais artigos publicados SCOPUS. Além disso, tem, anualmente, cerca de 90 projetos de empreendedorismo realizados por alunos. “Todos estes indicadores tiveram propósitos internos, como a acreditação de cursos ou a avaliação institucional, mas também resultaram em parcerias que contribuem para o ecossistema de inovação do Alto Minho”.

“Continuarmos a caminhar para tornar este território ainda mais atrativo e competitivo”

O presidente da Câmara Municipal de Viana do castelo, Luís Nobre, deixou a certeza de que a colaboração institucional entre o município e o IPVC continuará a ser uma realidade: “Deixo a segurança absoluta de que continuarmos a caminhar para tornar este território ainda mais atrativo e competitivo”. O autarca afirmou, ainda, que o PAT.tech se assume como importante para “atrair novos agentes e despertar para a receção de outros domínios, num território que se quer diferenciado”.

A sessão de apresentação do novo modelo de transferência de conhecimento entre o IPVC e tecido económico, social e industrial contou também com a presença do presidente da CIM do Alto Minho, Manoel Baptista, que elogiou o trabalho que tem sido feito pelo Politécnico de Viana do Castelo no território, com expressão em vários municípios do Alto Minho, acreditando que projetos como o PAT.tech poderão permitir ao IPVC “agarrar e responder às necessidades de uma região com um crescimento pujante e evidente na produção e exportação de riqueza”. Manoel Baptista destacou não só a área da tecnologia, mas também as áreas da economia do mar, da produção de energia ligada ao mar e o setor agroalimentar como segmentos nos quais a inovação poderá ter um impacto ainda maior na região.

O PAT.tech nasce de uma colaboração entre o Politécnico de Viana do Castelo e o CiTin, que terá um papel destacado a vários níveis: “É um parceiro privilegiado para as empresas no acesso a financiamento, que irá atuar com o objetivo de criar uma plataforma de entendimento entre a academia e as empresas”, explicou o diretor-geral do CiTin, Sérgio Ivan Lopes.