“A nossa conduta continua ancorada na premissa falsa de que a água é um recurso ilimitado”

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A seca e vulnerabilidade hídrica ganha especial relevo com a chegada do verão, sendo premente criar uma consciência pública e fomentar ações individuais sobre a importância da água e do seu não desperdício, de forma a mitigar a escassez de água e nesta nova realidade de cada vez mais períodos de seca. Foi com base nesta premissa que a delegação da Ordem dos Engenheiros de Vila Real promoveu uma sessão técnica com o diretor de Gestão de Ativos e Engenharia da Águas do Norte, Luís Nicolau, que propôs uma reflexão sobre a “água como ativo estratégico atual”.

“A vulnerabilidade à seca e a escassez de água são realidades cada vez mais presentes no nosso quotidiano. Realidades que todos compreendemos bem, é certo, mas não ao ponto de alterar comportamentos. Na prática, a nossa conduta continua ancorada numa premissa falsa: a água como um recurso ilimitado. Talvez o ciclo da água, o curso dos rios, o horizonte esbatido dos oceanos, os fontanários tenham moldado, inadequadamente, o nosso subconsciente”, referiu Luís Nicolau, defendendo uma reflexão séria e uma ação imediata para mitigar os impactos da seca e escassez de água, garantindo a todos o “direito” à água.

O especialista defendeu a concretização de políticas sustentáveis de gestão da água, investimento em infraestruturas de água e, sobretudo, na promoção da eficiência hídrica das redes existentes, desenvolvimento e implementação de técnicas de melhor conservação e reutilização da água, adoção de práticas agrícolas sustentáveis e muita educação ambiental sobre a importância da utilização da água com consciência, adotando hábitos de consumo responsáveis.

Veja o vídeo da sessão aqui