Investimento de 2 ME para reabilitar ponte romana e medieval de Ponte de Lima

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A ponte romana e medieval de Ponte de Lima vai ser reabilitada, num investimento de dois milhões de euros a realizar pela Infraestruturas de Portugal (IP) até 2023, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

De acordo com a portaria, os secretários de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, e das Infraestruturas, Jorge Moreno Delgado, autorizam a IP a repartir o encargo global de reabilitação da ponte pelos próximos dois anos, investindo um milhão de euros em 2022 e o mesmo montante no ano seguinte. Fonte da IP adiantou que, face à autorização do Governo, será lançado o concurso público para a realização da empreitada.

De acordo com informação disponível no sítio na Internet da Direção-Geral do Património Cultural, a ponte de Ponte de Lima foi “construída provavelmente no séc. I, e reformada na época medieval, em gótico, passando a ser fortificada com duas torres, e a integrar o sistema defensivo da vila”. A ponte, monumento nacional, “é composta por dois troços distintos, um romano, com o tabuleiro assente em arcos de volta perfeita, de aduelas rusticadas e com visíveis vincos fórfex, apesar do último já ser apontado, possivelmente devido a reforma posterior”. O “troço medieval, em cantaria siglada, assenta em arcos apontados, dois deles soterrados, devido a arranjos urbanísticos, com talha-mares prismáticos a montante e quadrangulares do lado oposto, encimados por olhais, também de arco apontado”. Das “torres que a fortificavam subsiste apenas a base da Torre Velha, a norte, já nada restando da Torre dos Grilos, que ficava no extremo oposto, no alinhamento das muralhas da vila, onde hoje é a Rua Amoroso Lima”. O “tabuleiro com guarda plena tem sensivelmente a meio marco de delimitação territorial, em forma de cruzeiro, com as armas da vila, já referenciado em 1758”. O “troço medieval representa em Portugal um novo protótipo de ponte, imitando outras espanholas existentes no caminho para Santiago de Compostela, na Galiza, como Puente la Reina (Navarra) ou a de Zamora, que depois se reproduziu no norte do país, em Ponte da Barca e em Vilar de Mouros”.