E se, no Dia da Europa, fosse possível conhecer um pedacinho do Alto Minho, numa só manhã?

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O Politécnico de Viana do Castelo juntou estudantes em Erasmus e de outros programas de mobilidade e preparou uma manhã recheada de atividades culturais. O objetivo foi dar a conhecer a cultura do Alto Minho e celebrar o Dia da Europa, efeméride que celebra o aniversário da “Declaração Schuman”, considerada o ato fundador daquilo que é hoje a União Europeia.

 E se, de repente, fosse possível conhecer um pedacinho de Portugal e da cultura do país, mais em concreto do Alto Minho, numa só manhã? Foi esta a proposta do Politécnico de Viana do Castelo para o dia de ontem, 9 de maio, data em que se celebrou o Dia da Europa.

O jardim do edifício dos Serviços Centrais do IPVC foi transformado num espaço de oficinas criativas com vários ateliês ao ar livre. Da pintura, aos trabalhos manuais, das expressões idiomáticas, tão características de cada país, à degustação de algumas das mais típicas iguarias do Alto Minho e também de países europeus e do Brasil. Foi uma manhã em que “o tempo voou” e cujas memórias, se acredita, irão permanecer por muito em todos os estudantes em Erasmus no Politécnico de Viana do Castelo ou a participar noutros programas de mobilidade.

A vice-presidente do Politécnico de Viana do Castelo e responsável pelo Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional, Ana Paula Vale, deu as boas-vindas a todos os participantes, desejando um dia de comunhão e de partilha: “Este é um dia especial, em que celebramos e demonstramos, de forma mais vincada, a liberdade, a solidariedade e a diversidade entre todos nós, provenientes de países diferentes e, por isso, culturas, hábitos e costumes também diferentes. É um momento importante para celebrar o respeito entre todos. Obrigada pela vossa presença.”

Pintura de Anas de Viana e a criação de Marias e Maneis ajudaram à interação entre todos

A viagem ao mundo em poucas horas fez-se com mais de uma vintena de estudantes. Do Brasil à República Checa, da Roménia à Eslovénia, da Letónia à Polónia, com paragem pela Bósnia. Foram estes os países representados na celebração do Politécnico de Viana do Castelo do Dia da Europa.

Ainda sem saber ao certo o que os esperava e com um ar de mistério no olhar, os estudantes dividiram-se em grupos e “puseram mãos à obra”. Muniram-se de pincéis e tintas e começaram a dar cor e feição a “Anas de Viana”. Embora típicas de Viana do Castelo, houve quem optasse por transformar e dar aos exemplares em madeira ares dos países de origem de cada pintor de serviço.

Com mais ou menos habilidades, os estudantes puderam também aprender a fazer “Marias e Maneis”, com o artesão Mário Lima. Os bonecos feitos em lã, vestidos de minhotos, são típicos de Viana do Castelo e vão agora viajar um pouco para todo o mundo.

Ainda à volta das tintas e dos pincéis, os estudantes puderam também aprender técnicas para a pintura de telas e quadros. E os resultados foram espelho de muita criatividade e imaginação.

O multilinguismo à volta das expressões idiomáticas

Os desafios durante a manhã de ontem foram pensados também para testar os conhecimentos e a rapidez de raciocínio dos estudantes. Cada país tem as suas expressões idiomáticas e o Politécnico de Viana do Castelo quis saber que interpretação os estudantes dariam a frases como “chover a potes”, “chegar a roupa ao pelo”, “estás feito ao bife” ou “o gato comeu-te a língua?”. Se para os brasileiros foi mais fácil, devido à Língua, para os estudantes de outras nacionalidades, o desafio exigiu mais alguns minutos, mas com alguma mímica à mistura, todos conseguiram “desvendar” o significado das expressões idiomáticas.

E porque o Dia da Europa foi pensado para celebrar a união, o respeito pela diversidade, a inclusão e a partilha, o Politécnico convidou os estudantes em mobilidade no IPVC a partilhar uma receita típica do país de onde são naturais. No final, foi criado um livro digital de receitas, agora partilhado entre todos: https://issuu.com/ipvc/docs/ebook_receitas_erasmus_v1?fr=sMTA0YjY3Nzc2ODM

A iniciativa contou, ainda, com a participação da docente em mobilidade Mihaela Škrlj Brglez, da Maribor Vocational College for Catering and Tourism Maribor, na Eslovénia.

A manhã terminou à volta da mesa, para a degustação de algumas das mais tradicionais iguarias nacionais, europeias e brasileiras.