Centro de Estudos Regionais conversa sobre a Festa da Mimosa 

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O Centro de Estudos Regionais promove, no próximo dia 15 de fevereiro, uma iniciativa intitulada “Festa da Mimosa em Viana do Castelo (1968-1989): Flores, turismo e delírio ecológico? Uma conversa aberta sobre um evento (quase) esquecido”, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, às 17.00 horas.  

A Festa da Mimosa foi um evento turístico de âmbito local e regional, inspirado pela floração invernal das mimosas (Acacia dealbata) no Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Iniciada em 1968 como “Domingo da Mimosa”, centrou-se na gastronomia e no folclore, sendo alargada, a partir de 1980, a toda a Região de Turismo do Alto Minho. Todavia, a emergência de preocupações ecológicas viria a impor uma mudança na perceção das mimosas, que passaram a ser consideradas “infestantes” ou “invasoras”, precipitando o fim da Festa da Mimosa, em 1989. Nesta conversa pretende-se abordar a origem, o desenvolvimento e o final desta iniciativa, evocando os conflitos entre a perceção comum e os conceitos de conservação da natureza que levaram ao fim da Festa da Mimosa. Para o efeito, Ana Isabel Lopes, Manuel Miranda Fernandes e Raul Pereira apresentarão os resultados da pesquisa que têm vindo a realizar, procurando resgatar a memória deste festejo e suscitar o diálogo em torno daquilo que ele representou ao longo da sua existência. Será, também, abordada a relação estabelecida nesta região e, de um modo geral, no país, com esta espécie, que justificou o fim da festividade anual. 

Com efeito, por meio de uma breve comunicação, Ana Isabel Lopes (Bolseira de doutoramento em História e investigadora integrada do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória), Manuel Miranda Fernandes (engenheiro florestal e membro do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade do Porto) e Raul Pereira (licenciado em Património Cultural e responsável pela inscrição da Festa das Rosas de Vila Franca no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial) darão o mote para uma conversa, moderada por José Carlos Loureiro, aberta à participação de todos os que estiverem presentes. O evento constituir-se-á, portanto, como um fórum de partilha de memórias, ideias e propostas que permitirá aprofundar o conhecimento desta festividade e da espécie que lhe deu nome, bem como refletir sobre a relação que mantemos com esta árvore, numa região com uma paisagem marcada pela sua presença.

A entrada no evento é livre, recomendando-se, porém, que se proceda à manifestação de interesse em participar, enviando uma mensagem para o endereço eletrónico estudosregionais@sapo.pt.