Caminho da Geira e dos Arrieiros “chegou” a Bruxelas 

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O eurodeputado José Manuel Fernandes recebeu uma comitiva com os autarcas de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro em Bruxelas, numa reunião que contou também com a presença do presidente da União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, que aproveitou para lhe dar a conhecer o Caminho da Geira e dos Arrieiros, oferecendo-lhe uma placa e um guia do itinerário com 239 quilómetros, desde a Sé de Braga até Santiago de Compostela. “Eu tenho interesse em divulgar o Caminho de Santiago, mas também outros itinerários, como os de São Bento da Porta Aberta ou de Fátima, para os quais também devemos olhar. Eu próprio já fui a pé desde Vila Verde a São Bento e a Fátima, e também quero ir a Santiago de Compostela”, adiantou José Manuel Fernandes, assumindo que desconhecia esta rota jacobeia, cujo traçado tem a particularidade de sair de Portugal, entrar em Espanha e voltar a entrar em Portugal. “Há  uma outra particularidade, este é um percurso onde também se encontra a história, como na antiga via romana XVIII, natureza e, para quem acredita e é peregrino, toda a beleza do caminho”, destacou José Manuel Fernandes, confessando que um dia gostaria de fazer o Caminho de Santiago, “mas sem tempo marcado”, acampando quando lhe apetecesse parar ou encontrasse pessoas com as quais quisesse ficar a falar, “sem estar pressionado pelo tempo”. “O meu sonho é fazer o caminho assim, dizem-me que é impossível, mas é uma coisa que eu gostava de concretizar”, referiu o parlamentar europeu, que integra o grupo do Património Cultural Europeu dos Caminhos de Santiago. 

O presidente da União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, José Manuel Almeida, disponibilizou-se para ajudar José Manuel Fernandes a cumprir essa vontade. “Garanti que lhe dava assistência, fazendo uma equipa com mais duas ou três pessoas para irmos com ele. Ficou de pensar e de ver a sua agenda. Quanto mais não seja faz uma ou duas etapas para ficar a conhecer alguma coisa”, adiantou o autarca, que considera que o Caminho da Geira e dos Arrieiros “nunca será um itinerário de massas, mas paulatinamente irá aumentando o seu número”. “Acredito, pelo retorno que tenho tido das pessoas, que o próximo ano, se não houver nada de extraordinário, será excecional no aspeto do crescimento de peregrinos, porque há muita procura de informação”, disse. “É bom que cresça, mas não que seja massificado. Assim vai manter a essência de um caminho autêntico, difícil, mas que qualquer pessoa preparada consegue percorrer, com recurso a GPS às vezes. Merece respeito, mas não é preciso ter medo”, concluiu o autarca.