Defesa da Urgência unânime na Assembleia Municipal de Ponte de Lima

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A Assembleia Municipal de Ponte de Lima aprovou, por unanimidade, na sessão deste sábado, um voto de “preocupação” com a situação vivida nos últimos tempos na área da saúde e que tem afectados os serviços de urgência da Unidade local de Saúde do Alto Minho (ULSAM). Considerando que “põe em causa a segurança e o acesso a um dos mais elementares direitos do cidadão”, os eleitos alertam que, “a muito curto prazo”, o serviço de urgência no hospital Conde Bertiandos, em Ponte de Lima, pode estar comprometido.

O voto foi apresentado pela Mesa da Assembleia Municipal de Ponte de lima, que manifestou a sua “inquietação” com as situações que têm vindo a ser reportadas, nomeadamente o fecho do serviço de urgência básico de Monção no primeiro fim de semana de dezembro e o encerramento temporário de algumas especialidades de urgência no hospital de Viana do Castelo, apontando como exemplo o encerramento da urgência pediátrica também no primeiro fim-de-semana de dezembro. “Este fecho de forma mais permanente de alguns serviços de urgência coloca em causa a segurança e o acesso a um dos mais elementares direitos do cidadão, os cuidados de saúde, e preocupa esta Assembleia que o Hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, possa, num futuro a muito curto prazo, ser afectado de igual forma devido á falta de médicos para assegurar equipas que mantenham os serviços de urgência em funcionamento”, declarou o presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, João Mimoso de Morais, vincando que a “incerteza que se tem vivido na prestação de serviços de saúde afecta sobremaneira os cidadãos e é motivo de considerável preocupação”. “Não são só os serviços de urgência a ser afectados já que, em algumas especialidades, para que o hospital de Santa Luzia possa assegurar o serviço de urgência ficam as consultas de rotina, exames e outros procedimentos por realizar, com claro prejuízo para o cidadão”, vincou.
Na sua intervenção, o presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima alertou, ainda, para o tempo de espera dos utentes desde a entrada nas urgências até serem vistos pelo médico, bem como o tempo de espera para a realização de exames. “Inquieta, ainda, esta Assembleia a demora significativa na recolha dos doentes que têm que ser transportados em ambulância, havendo, muitas vezes, necessidade de recorrer a ambulâncias de fora do concelho, o que implica uma espera maior por parte do utente e um atraso na resposta das ambulâncias a outras solicitações”, acrescentou.
O voto de preocupação foi aprovado por unanimidade e será remetido ao Governo, Ordem dos Médicos, Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e ULSAM.