Até o TGV contribui para a especulação imobiliária em Ponte de Lima

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Alguns proprietários de casas situadas próximas da linha do traçado previsto para a passagem do TGV em Ponte de Lima estão a pôr as habitações à venda. As movimentações no negócio imobiliário registam-se, sobretudo, nas freguesias mais afectadas pela linha cujo traçado deverá acompanhar o da A3. 

A questão foi levantada pela vereadora do movimento independente Ponte de Lima Minha Terra Zita Fernandes no período antes da Ordem do Dia na reunião pública da Câmara Municipal de Ponte de Lima, que, inicialmente, questionou o presidente da Câmara sobre a existência de movimentações da construção da linha de muito alta tensão que possam estar a influenciar esta decisão, depois de ter sido alertada para a questão.

Vasco Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, esclareceu que o traçado final da linha de muito alta tensão afectará a parte da zona sul do concelho e não as freguesias próximas da zona urbana, onde a vereadora indicou existirem estas movimentações no mercado imobiliário, nomeadamente Brandara, Fornelos, Queijada, Ribeira, entre outras. “O traçado do TGV é que já pode ir ao encontro do que diz. No entanto, não me parece que faça sentido esse procedimento porque a expropriação é consideravelmente mais vantajosa que a venda”, considerou. “Mas as que estão próximas não”, alertou, por sua vez, Zita Fernandes. O edil concordou. “Há sempre compensações, mas admito que possa incomodar, sobretudo por questões de ruído. Claro que é um ónus para o concelho, mas também traz algumas vantagens se conseguirmos o que queremos”, frisou o edil limiano, referindo-se ao facto da autarquia reivindicar uma paragem do TGV em Ponte de Lima. 

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