“Este autocarro está a operar em Viana do Castelo com prejuízo”

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A transportadora AVIC desencadeou uma acção de protesto, alertando os utilizadores dos transportes públicos para o facto da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e da Câmara Municipal de Viana do Castelo “se recusarem” a rever os preços pagos à transportadora, vincando que a actual tabela não cobre sequer os custos de produção. Garante que só o “extraordinário sentido de responsabilidade social” da empresa permite continuar o serviço, mas alerta que, a curto prazo, poderá não ter condições para continuar a operar. 

“Este autocarro está a operar em Viana do Castelo com prejuízo”. Esta é a frase que pode ser lida nas traseiras de alguns dos autocarros do grupo AVIC, que alargou a acção de protesto a alguns outdoors pela cidade. “Lute para ter transporte” é o apelo lançado pela transportadora, que também procedeu à distribuição de panfletos informativos aos seus passageiros. “Este autocarro que transporta as populações para a escola, para o trabalho, ou outros locais, dá um prejuízo à empresa por cada quilómetro que percorre”, informa a empresa no panfleto, acusando a CIM Alto Minho e a Câmara de Viana do Castelo, injusta e inexplicavelmente se recusarem a rever os preços a pagar ao transportador para cobrir, somente, os custos da produção”. “Embora recebam verbas do Orçamento de Estado para esse efeito”, alerta a transportadora, garantindo que esta luta já não é recente. “Há anos que a empresa solicita que os preços sejam revistos de acordo com a fórmula aprovada pelo regulador público, a Autoridade da Mobilidade e Transportes, sem êxito”, afirma, garantindo que o serviço está a ser cumprido com prejuízo para a empresa. “Só o extraordinário sentido de responsabilidade social que a empresa tem demonstrado há décadas, ao contrário das entidades públicas referidas, tem permitido a manutenção da prestação deste relevante serviço público”, vincou, alertando que o futuro deste serviço está comprometido. “A empresa não deixará nunca de respeitar escrupulosamente as suas obrigações para com os seus trabalhadores e fornecedores. estamos a fazer todos os esforços para manter os serviços às populações. Não nos poderão culpar mais tarde se não existirem condições para continuar”, sustenta.