Exposição recorda como o Hospital da Luz Póvoa de Varzim enfrentou a pandemia 

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O Hospital da Luz Póvoa de Varzim inaugurou a exposição de fotografia “No hospital, durante a pandemia”, da autoria de Joaquim Garrido, colaborador do hospital na Direção de Sistemas e Tecnologias de Informação. A mostra reúne 60 imagens captadas da atividade diária de profissionais e clientes, durante a pandemia, em 2020 e 2021. 

Para o autor da exposição, esta foi uma “oportunidade única conseguir perpetuar esses cenários, as expressões humanas e todo o ambiente associado”. “Trabalhando na área da saúde, desde a primeira hora que me interessei em registar as mudanças e alterações vividas no meio laboral durante a pandemia, nomeadamente, as condutas adoptadas, códigos, medidas de proteção e, sendo uma esfera absolutamente essencial na vida humana, que nunca encerrou os seus serviços, de que forma esteve no terreno a proteger os doentes e também as suas equipas”, explicou o colaborador que recebeu luz verde da administração e direção clínica do hospital para concretizar o seu objectivo de perceber como os profissionais de saúde, “com os seus próprios receios”, continuaram a cuidar e tratar dos doentes perante algo desconhecido.

“Estes profissionais nunca desistiram e nunca baixaram os braços”, reconheceu Joaquim Garrido, na inauguração da exposição que vai estar patente no hospital até 31 de março. “A exposição está dividida em três histórias: a primeira fala sobre os testes à Covid-19 que foram efetuados no nosso parque de estacionamento, depois é dada uma visão geral sobre os serviços que estiveram a funcionar e, por último, dá-se destaque à vacinação”, explicou o autor que já viu algumas das suas fotografias expostas serem distinguidas no International Photography Awards, no MIFA (Moscow International Foto Awards) e no International Photo Awards (Viena e Siena).

“A pandemia deixou-nos uma marca gritante e, quando o Joaquim Garrido me convidou para acompanhar este projeto fotográfico, já tinha inúmeras fotografias e era necessário criar uma narrativa. O que me cativou ao longo da exposição foram os olhares de todos aqueles envolvidos. A exposição tem a particularidade de deixar uma mensagem de esperança”, considerou Pedro Martins, curador da exposição.

Jorge Pinheiro, director clínico do Hospital da Luz Póvoa de Varzim, enalteceu a mensagem da exposição, considerando que se trata de um documento histórico. “Temos que estar orgulhosos pelo que o país conseguiu fazer em relação a esta doença. Isto tem um sentido muito diferente para aqueles que viveram o problema, para os que estiveram na solidão das suas casas e para aqueles que um dia vão olhar para isto como um documento histórico para perceber o que se passou. Vai ser preciso olhar para aqui e ficar perplexos perante as imagens”, declarou.